A segunda noite de apresentações na Arena Junina do Maior Arraial da Amazônia, contou com figurinos coloridos e coreografias caprichadas. Cada grupo teve cerca de 30 minutos para se apresentar no tradicional concurso de quadrilhas, uma das principais atrações da festa. A competição mantém viva a tradição e a alegria desta época do ano.
São Vicente – No Boa Vista Junina tudo é diversão! A quadrilha São Vicente, inspirada na cultura popular, trouxe o espetáculo “Junho, o mês festeiro chegou”. Os brincantes da comunidade indígena do Pium, em Bonfim, vieram de longe para subir no tablado e festejar o dia dos namorados e o São João em grande estilo. Cada quadrilheiro mostrou o protagonismo de sua comunidade no arraial.
Estrela Junina – A segunda quadrilha a se apresentar foi a Estrela Junina que retratou “As Quatro Estações”, primavera, verão, outono e inverno ao som de Sandy e Júnior na abertura. Com 10 anos de história, composta em sua maioria por membros da família fundadora, o grupo mostrou o seu jeito matuto de prever o tempo. A entrada da rainha transformando a saia do vestido em um grande girassol foi o ponto alto da apresentação do grupo, surpreendendo o público.
Luar do Sertão – Na sequência, a Luar do Sertão, do bairro Asa Branca, em Boa Vista, veio com o tema “A fé que nos une é a fé que nos move” e levou todos a reflexão sobre um mundo melhor. As marcas da quadrilha são inclusão e diversidade. A Luar do Sertão trouxe um cadeirante, a primeira noiva trans de uma quadrilha junina em Roraima e a rainha da diversidade, para brilhar no Maior Arraial da Amazônia.
Tradição Macuxi – Além de arte e dança, a Tradição Macuxi retratou as “Lendas e Mitos do Monte Roraima”. A quadrilha homenageou os povos originários e as tribos Taurepang, Macuxi e Ingarikó. O cenário foi fundamental para o grupo da comunidade de Três Corações, no Amajari, contar a história de um dos pontos turísticos mais belos do estado ao som de artistas roraimenses como Halisson Crystian, Neuber Uchoa entre outros.
Amor Caipira – Com o tema “Nossa Terra é quente de amor e Fé”, a Amor Caipira chegou ao tablado contando a vida do vaqueiro Vicente, um nordestino sofrido, que após a morte do pai e a vida difícil na caatinga, viu a esperança de dias melhores no seu reencontro com um amor de infância, Rosinha.
A quadrilha explorou a iluminação cênica para evidenciar cada elemento apresentado. O espetáculo destacou o empoderamento feminino e emocionou o público com uma linda homenagem a Nossa Senhora de Aparecida. Um dos momentos marcantes da noite foi a evolução do grupo, quando dezenas de guarda-chuvas formaram a figura de um boi em referência a história de Vicente.
Zé Monteirão – A última quadrilha a se apresentar foi a Zé Monteirão. O grupo misturou fé e tradição ao falar sobre “Pão nosso de cada dia”. A quadrilha abordou o amor ao próximo, ressaltando que o amor verdadeiro enfrenta tudo mesmo que lhe falte o pão. Os trabalhadores formais e informais foram homenageados no tablado com um show de sincronia e criatividade.
Para o presidente da Federação Roraimense de Quadrilhas Juninas, João da Cruz, foi uma noite de alegria e boas surpresas. “Cada grupo passou cinco, seis meses se preparando e trouxe uma novidade com criatividade, se superando. Eu espero que daqui pra frente venham mais surpresas, mais coisas boas”, disse.
Confira a programação da terceira noite de festa a, 22:
Arena Junina
19h – Coração do Sertão (Emergente)
20h – Joaninha Caipira (Acesso)
21h – Escola Forrozão (Acesso)
22h – Espantalho Junino (Acesso)
23h – Matuta Encantá (Especial)
00h – Garranxê (Especial)
Shows
19h – James forrozeiro e banda
20h – Halisson Crystian e banda
21h – Sarah Almeida e banda
22h – Neto Andrade e banda
23h – Marília Tavares e banda
Ráyra Fernandes