O Governo de Roraima reforça a participação ativa da população no combate e controle do mosquito Aedes aegypti, agente responsável por transmitir a dengue, a chikungunya e o zika vírus. Divulgado no dia 27 de fevereiro, o LIRAa (Levantamento Rápido de Índice para o Aedes aegypti) apontou alto risco para transmissão das arboviroses em quatro municípios do Estado.
Os municípios que constaram no relatório mais recente do LIRAa foram São João da Baliza (9%), São Luiz (8,9%), Cantá (6,6%) e Mucajaí (5,6%). Todas essas localidades obtiveram índice igual ou superior a 4,0%.
“Esse levantamento serve para avaliar a infestação do Aedes aegypti, com o objetivo de direcionar as ações cabíveis para a intensificação das atividades nos municípios conforme a classificação de risco que apresentarem”, explicou a gerente do NCFAD (Núcleo de Controle da Febre Amarela e Dengue), da Sesau (Secretaria de Saúde), Rosângela Santos.
Ainda segundo o LIRAa, apenas Pacaraima apresentou um levantamento satisfatório, com 0,8%. Já Alto Alegre (3%), Amajari (2,6%), Boa Vista (2,1%), Bonfim (1,3%), Caracaraí (3%), Caroebe (3,8%), Iracema (2,9%) e Uiramutã (1,4%) apresentaram médio risco de transmissão para arboviroses.
Segundo Rosângela, os principais depósitos encontrados com larvas dos mosquitos nos municípios são recipientes passíveis de remoção, como pneus, materiais plásticos, caixas d’água e lixeiras.
Vigilância constante
De 13 a 17 de fevereiro, as equipes de endemias dos municípios realizaram o levantamento do 1° LIRAa no Estado, a fim de identificar as áreas com maior ocorrência de focos do mosquito e os criadores predominantes.
Ainda segundo o NCFAD, logo após a publicação do LIRAa local, o município de Mucajaí realizou uma campanha de mutirão de limpeza e mobilização social no combate ao Aedes aegypti.
“Mucajaí já iniciou e finalizou uma campanha de limpeza urbana, tendo em vista que o principal depósito predominante naquele município foi o lixo urbano”, completou a gerente do NCFAD.
Outra orientação é para que pessoas que apresentem sintomas clássicos (febre, dor no corpo, dor atrás dos olhos e manchas avermelhadas) busquem as UBS (unidades básicas de saúde) para receber o atendimento adequado para cada doença, além de registrarem as notificações oficiais para controle e formulações de diagnósticos e políticas públicas contra as enfermidades.
“É importante pedir para a população que auxilie as equipes de endemias na eliminação dos depósitos do mosquito, já que 90% deles estão dentro de casa. Além disso, o poder público precisa implementar a coleta regular [de lixo] nos municípios, evitando a situação de alta infestação”, concluiu Rosângela.
Suyanne Sá