Roraima registra aumento no número de atendimentos a pacientes com problemas respiratórios

Somente em agosto, a unidade Cosme e Silva recebeu 1.335 pacientes com reclamações relacionadas a doenças respiratórias. – Foto: Ascom/Sesau

2023 tem sido marcado pelo surpreendente aumento das temperaturas em todas as regiões do Brasil, um reflexo direto do super El Niño, fenômeno climático que decorre do aquecimento anormal das águas do oceano pacífico.

Além da forte onda de calor, a situação também tem contribuído para a elevação do número de atendimentos a pacientes com problemas respiratórios na Rede Estadual de Saúde, conforme apontam os dados mais recentes do PACS (Pronto Atendimento Cosme e Silva).

Somente no mês de agosto, a unidade recebeu 1.335 pacientes com reclamações relacionadas a doenças respiratórias. Deste total, 974 atendimentos foram relacionados às IVAS (Infecções de Vias Aéreas Superiores).

O levantamento aponta ainda 199 atendimentos a pacientes com pneumonia e 162 atendimentos a pessoas com sangramento nasal.

“Nesse momento de calor extremo em Roraima, tivemos um aumento significativo das doenças respiratórias. Em agosto, o Pronto Atendimento teve uma elevação de 40% em comparação aos outros meses do ano, e não está sendo diferente agora no mês de setembro”, afirmou a diretora geral da unidade, Moema Gonçalves.

Reforço de cuidados

Por ser uma unidade de pronto atendimento, o Cosme e Silva é o destino de pacientes que procuram acolhimento com maior celeridade, funcionando 24 horas por dia para os casos de urgência e emergência médica.

“Algumas pessoas [que chegam até a unidade] apresentaram casos de pneumonia, sangramento nasal, bronquite e asma. É preciso identificar os sintomas graves como a falta de ar, cansaço extremo e febre alta”, frisou Moema.

A diretora da unidade ressaltou ainda os cuidados que as pessoas precisam ter para evitar a evolução dos sintomas para casos graves, como aumentar a ingestão de líquidos, evitar a exposição a locais fechados ou com grande aglomeração, e a consciência sobre os riscos da automedicação sem o diagnóstico preciso.

“Procure um médico, não tome a medicação por conta própria e também é importante sempre estar com o cartão de vacina atualizado”, complementou.

Suyanne Sá

 

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