São João no Parque Anauá tem pontos acessíveis para pessoas com deficiência

Foram instaladas rampas em diversos locais para facilitar o acesso para os cadeirantes. – Fotos: William Roth

O São João no Parque Anauá está com novidades em todos os lugares da festa. E para ninguém ficar de fora dessa alegria, o Governo de Roraima por meio da Secult (Secretaria de Cultura e Turismo) disponibilizou para as pessoas com deficiência locais com acessibilidade.

No São João no Parque Anauá há diversos pontos com rampas que facilitam o acesso para os cadeirantes. No Forródromo, o tablado montado, onde ocorre as apresentações das quadrilhas, também recebeu uma rampa e espaço específicos para cadeirantes.

A novidade deste ano é que pela primeira vez um camarote com acessibilidade para pessoas com algum tipo de deficiência. Essa novidade é uma preocupação do Governo do Estado, que tem sensibilidade e olha com respeito e dignidade para todos os públicos.

“O maior Arraial do Norte está com tudo! Uma grande festa pensada para toda família, para todos os públicos. Eu, sendo pai de um adolescente cadeirante, o João Antonio, sei bem o quanto é difícil se locomover em locais onde não há adequações. Portanto, minha gestão faz isso com muito prazer para nossa população”, declarou o governador Antonio Denarium.

Além disso, há também no São João no Parque Anauá calçamento com piso tátil, elemento essencial para o deslocamento seguro de pessoas com deficiência visual. O arraial está recebendo pessoas com diferentes tipos de deficiência, a exemplo da Juliana Oliveira, quadrilheira da Eita Junino. Ela falou sobre as dificuldades que enfrentou desde quando descobriu a doença.

“Faço parte da quadrilha desde 2009, já são quase 15 anos. Tenho uma doença rara que graças a Deus, ao governo, me liberou o TFD [Tratamento Fora do Domicílio], descobrimos uma ponta, que é Canalopatia Neuromuscular e ainda tem várias outra, mas estou muito feliz de estar aqui”, ressaltou Juliana, que disse ainda amar o arraial.

Conforme ela, durante toda a vida, sempre se dedicou, mesmo sabendo das limitações. “Continuo sendo [Eita], porque essa é minha família e nunca vou deixar de ser, amo Arraial, amo estar aqui e vai ser assim todos os anos. A festa tá maravilhosa, a decoração tá incrível! Agradeço ao governador, a segurança também tá muito boa. É uma festa pra toda família”, expressou.

Humanização e acolhimento

Ser mãe não é uma tarefa fácil! E pensando nisso, o Governo de Roraima por meio da Setrabes (Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social) montou o espaço Colo de Mãe, com estrutura aconchegante voltada para mães com bebês pequenos. O local fica na tenda da Setrabes, com acesso livre.

Lá elas e os bebês são acolhidos com uma equipe especializada. No local tem um fraldário e poltronas confortáveis onde as mães podem amamentar as crianças com tranquilidade.

“A Setrabes criou um espaço para que as mães possam amamentar seus bebês. Montamos um fraldário para que elas possam também trocar as fraldas. É um espaço climatizado, um espaço lindo do colo de mãe. A barraca da Setrabes está um espetáculo”, destacou a secretária Tânia Soares.

A mãe do pequeno Levi Conrado, de um ano, Gisele Reis, levou o filho para conhecer a barraca da Setrabes e se surpreendeu com o que encontrou.

“Estava sentada ali onde minha tia está com ambulante e eu estava amamentando e passando gente, fiquei um pouco constrangida, porque tem pessoas que ainda não são adaptadas a isso, tem preconceito. E esse espaço aqui é muito lindo e também aconchegante, pois é climatizado, para a criança ter o acolhimento que precisa. Eu achei muito legal mesmo! Fiquei bem surpreendida”, relatou.

Karen Camurça, de 30 anos, amamentou a filha de sete meses no espaço Colo de Mãe e relatou a experiência e importância da amamentação.

“Desde as primeiras horas ela amamenta e apesar de ter iniciado a introdução alimentar, continua com a livre demanda do peito. E depois que me tornei mãe, sempre procuro espaço que tenha o acolhimento do bebê, principalmente fraldário, porque ela faz as necessidades e acaba que quando não tem um acolhimento assim a gente vai embora, não fica no lugar, porque não se sente acolhido e nem o bebê. Então, pensar nas mãezinhas tanto para amamentação quanto pro fraldário é muito importante e aqui é um espaço fechado, ventilado e atende as nossas necessidades”, observou.

Wesley Oliveira

 

 

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