O programa Agenda da Semana, da Rádio Folha FM 100.3, recebeu neste domingo, 26, o secretário Márcio Grangeiro, titular da Seadi (Secretaria de Agricultura, Desenvolvimento e Inovação).
Em pauta, o radialista Getúlio Cruz abordou as transformações do setor primário regional já realizadas, além dos investimentos na agropecuária para os próximos anos de gestão do governador Antonio Denarium.
Expectativa de safra
Sobre o desafio de encontrar caminhos e injetar mais ânimo aos produtores rurais, dando continuidade à trilha de expansão agro roraimense, o secretário Márcio Grangeiro destacou as ações desenvolvidas pelo Governo.
“Nos últimos anos, nosso Estado vem expandindo sua área plantada de grãos com o Governo de Roraima trabalhando políticas públicas de fomento da produtividade, abrangendo legalidade, recuperando pontes e estradas, fornecendo sistemas de irrigação, segurança jurídica, linhas de crédito, tecnologia, maquinários, suporte técnico e capacitação aos investidores. Nesse intuito, a Seadi e as demais secretarias vêm suprindo as demandas dos setores produtivos, tanto o comercial, industrial e o de serviços, consolidando o processo de desenvolvimento regional com a oferta de emprego e geração de renda familiar, baseado no Plano Roraima 2030″, explicou.
Questão ambiental
Do ponto de vista fundiário, Grangeiro destacou o Programa Aqui Tem Dono, do Governo do Estado, que vem concluindo o processo de transferência de terras, a efetivação da regularização fundiária com a emissão de títulos definitivos, além da criação de um banco de dados geoespaciais, permitindo boa governança territorial sobre as questões: fundiária, ambiental e sustentável.
“Hoje, temos o nosso Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE-RR) aprovado, regras bem definidas sobre a questão fundiária, trabalhamos com o licenciamento ambiental por até 10 anos, e tudo isso consolidado com o código florestal para a inserção do produtor no preceito moderno da produção rural. Na região Norte, Roraima também se destaca como um Estado bastante preservado, apresentando 94% de seu território legalmente protegido dentro de áreas públicas e privadas, destacando, sobretudo, a agricultura de baixo carbono como exigência do Plano ABC do Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária). Lidamos com o plantio direto, com a fixação biológica de nitrogênio, praticamos o sistema de integração: lavoura, pecuária e floresta, além do controle de resíduos sólidos, entre outros recursos, comprovando ainda mais a sustentabilidade que possui a produção agropecuária roraimense”, reforçou o secretário.
Crédito rural
Sobre as linhas de financiamento aos empreendedores, Grangeiro destacou o protocolo de intenções firmado entre o Governo de Roraima e o Basa (Banco da Amazônia) injetando um saldo total de 680 milhões para investimentos.
“Sem crédito, o campo avança numa velocidade irrisória. Então, para o produtor se tornar competitivo, é necessário inserção no princípio moderno de comercialização, ou seja, o empreendedor sabe que é preciso investir em sua produção, acompanhando as atualizações de mercado”, comentou.
Agricultura familiar
Concluindo a entrevista, o secretário Márcio Grangeiro avaliou as realizações do Governo do Estado beneficiando os pequenos produtores.
“Objetivando a consolidação da Agricultura Familiar em nosso Estado, trabalhamos bastante na questão ambiental, e o Governo de Roraima, nos últimos anos, já emitiu mais de 13 mil CAR (Cadastro Ambiental Rural). Já no fator fundiário, mais de 70% dos títulos definitivos também foram concedidos para agricultores familiares. Estes dados demonstram a força do Governo do Estado estruturando e ampliando as necessidades dos pequenos produtores, sendo este trabalho vinculado pela Seadi junto com o Iater (Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural), Aderr (Agência de Defesa Agropecuária), Iteraima (Instituto de Terras e Colonização), Femarh (Fundação do Meio Ambiente), Desenvolve Roraima e Faperr (Fundação de Amparo à Pesquisa), atuando no Eixo Sustentável do Plano Roraima 2030. Essas medidas têm permitido o acesso mais fácil dos produtores aos mercados consumidores e aumento da produtividade agrícola”, concluiu.
Michel Sales