Comprovadamente, a música tem um impacto positivo no processo de aprendizagem. Pensando nisso, a Secretaria de Educação e Desporto, por meio da rede estadual de ensino incentiva o canto na sala de aula. As iniciativas singulares em cada instituição de ensino têm o objetivo de levar aulas vibrantes e harmoniosas aos alunos.
O ensino do canto é uma ferramenta divertida e eficaz para o crescimento acadêmicos dos alunos da rede. Imagine uma sala de aula onde os livros se transformam em partituras e os cadernos em microfones.
“A musicalização é uma ferramenta para ajudar os estudantes a desenvolverem expressões de sentimento, ideias, valores culturais auxiliando na comunicação”, disse a diretora do Departamento de Desenvolvimento de Políticas Educacionais, Rosilda Garcia.
Dentre várias escolas que possuem o ensino da música dentro de sala de aula, dentro das aulas de artes, ou mesmo para conseguir traduzir uma letra do inglês para o português podemos destacar algumas iniciativas como o coral do colégio estadual militarizado Carlo Casadio.
O “Coral Carlo Casadio” existe há um ano e possui 100 alunos. As aulas de canto acontecem no horário oposto às aulas convencionais e a procura é grande por uma vaga, ainda mais valendo nota de participação.
“O projeto é uma ferramenta muito importante para tirar a criança e o adolescente do ócio. É mais um momento em que tiramos o aluno de momentos em que ele pode ser encaminhado às atividades ilícitas para retornar à escola e aprender a cantar e socializar”, disse o professor regente do coral, Antônio Timóteo.
Levando a música para o currículo escolar, cria-se uma sintonia de oportunidades para o desenvolvimento integral dos estudantes. E muitas vezes a afinação não é a grande questão, todos são convidados a ecoarem suas vozes pelos corredores do colégio.
Outro exemplo se encontra no interior do Estado. Na escola Estadual Genira Brito Rodrigues, localizada na Vila Felix Pinto, município de Cantá as aulas de canto são levadas a sério pelo professor de artes Tiago Maia. Além de aulas teóricas e práticas, grupos são formados para realizarem apresentações na escola e fora dela.
Nas escolas do Interior, um dos grandes empecilhos para a apresentação cultural é a timidez se tornando o grande desafio.
“Através do canto, os alunos conseguiram romper as barreiras da timidez, conseguiram trabalhar em grupo porque trabalhamos periodicamente a linguagem verbal com eles por ser uma fase de construção psicossocial”, disse o professor.
Já na comunidade Enseada, em Uiramutã, alunos da Escola Estadual Indígena Koko Isabel destaca-se pelo grupo de Parixara, uma dança com canto tradicional utilizada em eventos e cerimônias indígenas. Os estudantes exploram o canto como uma forma de preservação cultural e expressão artística.
“Incentivamos nossos alunos por meio do canto no pátio da escola e atividades em sala de aula. Também temos o grupo de Parixara Filhos de Maruai. As apresentações ocorrem pontualmente”, detalhou a professora Almeida Dos Santos.
Layse Menezes
