Com o intuito de diminuir o tempo de espera e potencializar o número de doações, foi criada a campanha Setembro Verde, alusiva ao Dia Nacional da Doação de Órgãos, comemorado em 27 do mesmo mês, com ações em todo o país durante o mês de setembro. Em Roraima, o Governo do Estado promove uma série de ações para sensibilizar a população sobre a importância do ato.
A programação teve início nesta terça-feira, 13, com a promoção de uma passeata que mobilizou profissionais de saúde e moradores do município de Alto Alegre. Todas as atividades têm o apoio da CET-RR (Central Estadual de Transplantes de Roraima)
“Doar órgãos é um ato altruísta. Então, é sempre importante que a pessoa que tenha interesse em ser doadora converse com a família sobre o assunto, para que o desejo em vida seja respeitado e atendido em uma eventual ocasião de morte”, destacou a coordenadora da CET, Patrícia Renovato.
Além dos profissionais de saúde e população em geral, a classe acadêmica também receberá orientações sobre o tema, com um ciclo de palestras que será realizado no dia 26, na UFRR (Universidade Federal de Roraima).
“Além de levar conhecimento para os profissionais de saúde, esse ciclo de palestras também tem o intuito de conscientizar a população em geral sobre a importância de conversar com a família a possibilidade de ser um doador de órgãos, e de mesmo em um momento difícil você ter essa atitude benevolente ofertando uma chance de vida para quem está à espera de um órgão”, completou.
Sobre a CET-RR
Inaugurada em 2015, a Central Estadual de Transplantes de Roraima está conectada às CETs de todo o Brasil. Como o Estado não realiza as cirurgias de transplantes, a unidade funciona como unidade de captação de possíveis doadores, a partir da autorização dos familiares.
“Quando um paciente tem uma lesão neurológica grave irreversível, que apesar das condutas e esforços médicos disponíveis vem a óbito, nós fazemos o diagnóstico de morte encefálica e então comunicamos a família sobre a possibilidade da doação e explicamos o processo”, explicou Renovato.
Com o consentimento da família, uma equipe cirúrgica de outro estado vem ao Estado para fazer a captação no Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento. Os órgãos são ofertados na Central Nacional para que posteriormente um receptor seja beneficiado.
Em 2018, foi efetuada a primeira captação de órgãos no Estado e outras 05 captações foram realizadas ao longo de quatro anos.
“No Brasil existe uma fila enorme de receptores, são pacientes doentes em final de vida aguardando por um órgão, mas não a fila de doadores. Quem tem o interesse em ser um doador, é importante conversar com os parentes que caso aconteça de vir a falecer, que ele seja um possível doador”, concluiu Patrícia.
Suyanne Sá