O período chuvoso em Roraima vai até o mês de setembro. É quando surgem as síndromes respiratórias, como gripe, resfriado e pneumonia, o que representa a maioria dos atendimentos no Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA). Vale ressaltar que este é o único do Estado em referência à saúde infantil, recebendo pacientes não apenas dos municípios de Roraima como também dos países vizinhos.
Somente nesta segunda-feira, 30, a unidade registrou mais de 50 pacientes que passaram pela triagem, serviço que envolve verificação de temperatura, peso, pressão arterial, frequência cardíaca, saturação e glicemia capilar. Todas as crianças que chegam ao hospital passam por todo esse processo e somente a partir de então é que são definidas as prioridades de atendimento, de acordo com a classificação nacional de cores (“urgentes” e “não urgentes”), da seguinte forma:
· Vermelho (Emergência) – Atendimento imediato em até 10 minutos, ex: obstrução de vias aéreas, afogamento;
· Laranja (Muito urgente) – até 10 minutos, ex: cortes profundos, desmaio;
· Amarelo (Urgente) – até 20 minutos, ex: febre, sintoma de resfriado;
· Verde (Pouco Urgente) – Atendimento 30 a 60 minutos, ex: sem febre, pedido de avaliação
· Azul (Não Urgente) – Atendimento de 30 a 60 minutos, ex: sem febre, pedido de retorno
“Desde o final do mês de março que estamos recebendo muitas crianças com doenças respiratórias. Inicialmente, eram cerca de 200 no final de semana. Agora passa de 500. Ampliamos os leitos de enfermarias e ainda contamos com a Unidade Básica de Saúde anexa com 3 médicos para atender os casos ‘verde’ e ‘azul’”, disse a diretora de Emergência do hospital, Laudineia Barros.
O município conta com 34 Unidades Básicas de saúde, mantendo as consultas médicas, exames, vacinação, medicamentos, teste para covid-19 e enfermagem. Sete são de atendimento noturno.
“Nosso município disponibiliza a vacina da gripe, um apoio para evitar a doença. Pedimos aos pais que levem suas crianças para vacinar, sempre manter as mãos higienizadas, evitar compartilhar objetos pessoas como os copos, garrafa de água, manter a hidratação e uma boa alimentação. Se sair de casa, usar máscara e assim evitar a proliferação da doença” disse o clínico geral Peter Mello.
Karina Mota