Solenidade marcou homenagem ao Forte São Joaquim

O evento foi organizado pela Comunidade Portuguesa Forte São Joaquim, criada em Roraima em 2018, e pelo Exército Brasileiro. – Fotos: Neto Figueredo

Uma solenidade, com a presença de autoridades civis e militares, realizada na manhã deste domingo, 3, no 6ªº BEC (Batalhão de Engenharia de Construção), local onde foi construída uma Réplica do Forte São Joaquim, marcou homenagem a esse importante monumento histórico brasileiro.

O evento foi organizado pela Comunidade Portuguesa Forte São Joaquim, criada em Roraima em 2018, e pelo Exército Brasileiro.

O governador Antonio Denarium participou da cerimônia e destacou a importância da manutenção das tradições da cultura portuguesa em Roraima. Ele disse que vai encaminhar para a ALE (Assembleia Legislativa do Estado) um Projeto de Lei que institui o Dia do Forte São Joaquim.

“Vou enviar para a Assembleia Legislativa o Projeto de Lei que institui o primeiro domingo de setembro como o Dia do Forte São Joaquim. Hoje somos este país gigantesco, graças à coragem e à determinação dos portugueses que, com bravura, entraram por todo o Brasil e chegaram aqui ao extremo norte. A integração Brasil – Portugal é fundamental para preservar a cultura entre os dois países”, frisou.

O chefe do Executivo garantiu ainda que será feito um trabalho integrado com o Exército Brasileiro e a Comunidade Portuguesa para restauração do Forte ou a construção de uma réplica. Além da edição do livro que conta a história da colonização portuguesa na Amazônia e também a história do Forte São Joaquim.

Autoridades destacaram a importância do Forte São Joaquim

O presidente da Comunidade Portuguesa em Roraima, Paulo Inácio, ressaltou a relevância da estrutura militar para a defesa do território brasileiro.

“Esse é um dos 800 fortes e fortalezas construídos pelos portugueses desde o Brasil até Macau. É por causa dele que o Brasil tem hoje as dimensões continentais que tem. Esse Forte é que não deixou acontecer as invasões dos espanhóis pelo rio Uraricoera e dos ingleses e franceses pelo rio Tacutu, na junção dos dois rios onde foi construído”, afirmou.

O comandante da 1ª Brigada, general Marcelo Lorenzini Zucco, frisou a importância de preservar as tradições e a História.

“O Forte São Joaquim é um exemplo de como a História é importante. Se hoje estamos hasteando a bandeira do Brasil no Estado de Roraima, devemos muito ao Forte São Joaquim. Por isso, o Exército Brasileiro participa, com a colônia portuguesa e com o governo estadual, dessa celebração à memória daqueles que nos deixaram esse legado maravilhoso que é Roraima. Então, para nós é muito importante estar aqui hoje”, disse.

O professor doutor Alcir Gursen de Miranda fez uma breve palestra sobre o Forte São Joaquim e ressaltou que o povo de Roraima tem em seu território um monumento histórico que foi importante para defesa e segurança das fronteiras nacionais.

“A colonização de Roraima começou com o Forte São Joaquim, que foi importante na questão da delimitação das fronteiras e para a defesa, porque tivemos embates sérios com a Espanha, pelo rio Uraricoera, embates menores com os holandeses, pelo rio Rupununi e, depois, os ingleses acabaram ganhando a questão do Pirara e ficando com 19 mil quilômetros quadrados. Então, temos que olhar com carinho, estudar a nossa história, porque muitas famílias de Roraima têm sua ascendência lá nos comandantes do Forte São Joaquim”, concluiu.

Vânia Coelho

 

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