UFRR recebe palestra de professora da Newcastle University sobre a universidade inglesa e minicurso voltado a escrita científica

A palestra ocorrerá nesta quinta-feira, 7, das 9h às 10h30, no auditório do Pronat. – Foto: Ascom/UFRR

A Universidade Federal de Roraima (UFRR) recebe nos dias 7 e 8 de dezembro a visita da professora doutora Bruna Lopes da Newcastle University da Inglaterra. A programação contará com a apresentação de uma palestra e também um minicurso que abordará sobre escrita científica.

A palestra ocorrerá nesta quinta-feira, 7, das 9h às 10h30, no auditório do Pronat. O objetivo será apresentar a Newcastle University, sua infraestrutura e laboratórios, introduzir o grupo de pesquisa GEST (Geotechnical and Structures), além de abordar sobre as linhas de pesquisa desenvolvidas pela professora. A palestra é voltada aos alunos, professores, profissionais da área da engenharia e interessados em geral.

Além da palestra, acontece o minicurso chamado “O que ninguém nunca te conta sobre composições científicas” que ocorre no dia 08 de dezembro das 14h às 18h no auditório do anexo do CCT na UFRR. O minicurso é voltado para alunos, pesquisadores e profissionais que buscam o aprimoramento nas habilidades de redação dos seus trabalhos científicos. Para participar do minicurso é necessária inscrição prévia por meio de formulário eletrônico

Para a professora Bruna Lopes, o encontro é uma busca por compartilhar conhecimentos e aprendizado mútuo. “A palestra é aberta aos alunos, professores, profissionais interessados e o minicurso tem um tema vital em que vou explorar desde o processo de escolha do tipo de publicação até estrutura e linguagem adequadas para uma escrita científica de qualidade. Pretendo abordar tópicos fundamentais e desmitificar alguns conceitos frequentemente mal compreendidos sobre o tema. Mal posso esperar para interagir, compartilhar conhecimentos e aprender. Espero que os encontros sejam repletos de aprendizado mútuo e discussões inspiradoras”, afirmou Bruna.

Reunião sobre projeto sustentável para estradas de chão também está na programação

Por meio de uma parceria com professora doutora Mariana Chrusciak, do departamento de Engenharia Civil da UFRR, a Professora doutoraBruna Lopes da Newcastle University também participou do desenvolvimento de dois projetos de pesquisa destacados que receberam prêmios e apoios institucionais, além do reconhecimento da comunidade científica nacional e internacional. Os projetos são o NATURE (Nature Based Solutions Applied To Unpaved Roads Engineering) e o GeoFun.

Em razão disso, além da programação com palestra e minicurso, também estão na pauta a busca por parcerias e a realização de uma reunião que abordará as atividades do projeto NATURE. A pesquisa possui, inclusive, uma bolsa com investimento internacional do Coalition for Disaster Resilient Infrastructure (CDRI). O CDRI é uma coalisão internacional entre governos nacionais, agências e programas das Nações Unidas, bancos multilaterais de desenvolvimento, setor privado e instituições acadêmicas e de conhecimento.

Segundo a professora Mariana Chrusciak, o NATURE busca aproveitar a própria natureza para tornar as estradas não pavimentadas mais sustentáveis e resilientes. Para isso, é usada a técnica de melhoramento de solos por meio da biocimentação. “A aplicação dele é em rodovias não pavimentadas, as estradas de terra ou chão. Utilizamos alguns reagentes e uma alimentação para os microrganismos que tem no próprio solo desenvolvam a cimentação. Essa técnica é chamada de MICP”, explicou Mariana.

Ainda conforme a professora, por meio do NATURE, esta será a primeira vez que a técnica MICP será aplicada na região Norte. “Vamos caracterizar todo o solo, aplicamos a técnica e ele naturalmente vai gerar a biocimentação. Depois que aplicarmos em escala de laboratório, iremos a campo em um aterro próximo de Boa Vista. Ele tem quatro metros de altura e apresenta erosão nas encostas”, afirmou.

O objetivo do projeto é usar o MICP para bioestimular o solo e melhorar a sua capacidade de suporte, além de controlar processos erosivos e assim formar um método sustentável para a formação dessas estradas.

 

 

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