Cerca de 50 professores indígenas Yanomami Xirixana estão retornando para suas comunidades de origem após 15 dias de aprendizagem na 1ª Etapa do Magistério Indígena Yarapiari, promovido pelo Governo do Estado por meio do Ceforr (Centro de Formação de Profissionais da Educação de Roraima).
O curso terminou neste sábado, 3. Após quatro meses, os professores participantes, que vieram de comunidades localizadas no Alto Uraricoera, Amajari e Alto Alegre, devem retornar a Boa Vista para um novo módulo. As aulas acontecem nas dependências do Ceforr.
O professor Waldez Xirixana, da comunidade Rerepe, em Alto Alegre, relatou que foi muito importante participar do Magistério e que gostaria de fazer outros cursos como o Yarapiari. “É a primeira vez que estou em um curso de qualificação para professores, e tudo o que eu aprendi vou levar para a minha comunidade”, afirmou.
Yarapiari
O Magistério Indígena Yarapiari é um curso voltado especificamente para os professores Yanomami, tratando dos saberes tradicionais e da cultura singular, com currículo específico nas escolas e no magistério.
A novidade nesta etapa é a participação de mulheres. Geralmente são os homens que participam dos Magistérios voltados aos Yanomami. O curso deve durar dois anos e meio.
“O nível de complexidade deste Magistério é maior porque temos a necessidade de intérpretes. A grande maioria dos professores não falam português”, disse a diretora do Ceforr, Stella Damas.
Para otimizar o atendimento aos professores Yanomami, existe a possibilidade de instalação de um pólo dentro da terra indígena, após a resolução dos conflitos que hoje permeiam o território. Dentre todas as etnias, os Yanomami são o grupo com menor percentual de professores qualificados em Magistério.
Layse Menezes