Agricultura mecanizada: Governo expande projeto de grãos em terras indígenas

Plantio contempla comunidades indígenas localizadas nos municípios de Pacaraima, Uiramutã, Normandia, Amajari, Boa Vista, Bonfim, Cantá, São João da Baliza e Alto Alegre. – Fotos: Divulgação/SEI

As ações de fortalecimento da agricultura familiar em áreas indígenas executadas pelo Governo de Roraima, por meio da Secretaria do índio, têm contribuído para o alcance da sustentabilidade, geração de emprego e renda em mais de 105 comunidades, distribuídas em nove municípios.

Em 2022, o Governo do Estado repassou os insumos necessários para 90% dos polos de produção que estão preparados para o início do plantio em 1.500 hectares, para as culturas de milho e feijão caupi. No ano passado, o plantio contemplou pouco mais de 800 hectares.

“Com a produção de milho e feijão caupi queremos garantir a segurança alimentar, sustentabilidade de desenvolvimento para Roraima, envolvendo áreas indígenas e não indígenas. O foco é possibilitar autonomia para que as comunidades possam produzir o alimento e com isso ter segurança alimentar e ainda ter geração de emprego e renda nestas áreas com a venda do excedente”, esclareceu o governador Antonio Denarium.

Segundo o secretário do Índio, Marcelo Pereira, o plantio contempla comunidades indígenas localizadas nos municípios de Pacaraima, Uiramutã, Normandia, Amajari, Boa Vista, Bonfim, Cantá, São João da Baliza e Alto Alegre.

Ele explica que a cultura do milho na variedade recomendada pela Embrapa foi plantada no ano passado e mostrou ótimos resultados.

“Em 2021 o Governo conseguiu colocar em prática várias ações de incentivo à agricultura, além disso foi possível nivelar e baixar o preço do milho em Roraima, uma vez que a quantidade de milho produzida foi significativa e possibilitou a redução no mercado regional, e o bom é que resultou na comercialização de aproximadamente R$ 1,5 milhão de produção pelas comunidades indígenas”, esclareceu o secretário.

Menos gastos com insumos

O aumento na produção de grãos no ano passado possibilitou também benefícios indiretos para os produtores em Roraima. A alta produção de milho ajudou a reduzir os gastos com alguns insumos, como a alimentação utilizada na avicultura, suinocultura, bovinocultura e equinocultura, entre outras.

“Com a produção em larga escala foi possível aproveitar o excedente também na alimentação de animais criados em Roraima, pois o produtor não precisou comprar fora de Roraima e com isso houve ganho em todas as atividades relacionadas direta e indiretamente à agricultura indígena”, salientou Pereira.

Uiramutã surpreende na produção

De acordo com o diretor de Apoio à Produção Indígena da Secretaria do Índio, Claudionei Simon, o município de Uiramutã tem uma particularidade especial porque era conhecido como uma região historicamente inviável para a produção de grãos, por ser uma região de muitas serras, mas no ano passado o Governo enfrentou o desafio e cultivou cerca de 70 hectares, com bom desempenho.

“E diante desse resultado em 2022 foi ampliada a área de plantio podendo chegar a 230 hectares de produção somente em Uiramutã, o que é muito positivo porque a produção de milho e feijão caupi vem com a alternativa principal garantir a produção da alimentação das famílias e também utilizar esse cultivo como um projeto de auto sustentabilidade”, reforçou o diretor.

Lidiane Oliveira

 

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