Os alunos do Colégio Estadual Militarizado Vitória Mota Cruz, localizado no bairro Paraviana, em Boa Vista, participaram de uma semana de atividades especiais dedicadas à campanha nacional “Faça Bonito”, de combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. Durante toda a semana, a escola foi transformada em um ambiente de conscientização e aprendizado para os estudantes.
Alícia Cristina, aluna do 6º ano, foi uma das jovens que participou ativamente das atividades e foi impactada pelas lições que aprendeu. “Eu aprendi que o abuso é uma situação horrível e, se acontecesse comigo, eu contaria para os meus pais ou a minha avó para fazerem um boletim de ocorrência e denunciaria ligando para o Disque 100. Também aprendemos onde podem nos tocar e onde não podem”, disse.
A iniciativa é um exemplo de como a educação pode ser transformadora quando utilizada como ferramenta para conscientização e mobilização social.
Além disso, os alunos foram orientados sobre como prevenir uma situação de vulnerabilidade e como denunciar abusos, caso ocorram, entre amigos ou na família. As orientações foram transmitidas de forma didática, através das cores do semáforo, em que a cor verde indica que pode tocar; a cor amarela indica atenção; e a cor vermelha significa local proibido para toque sem permissão.
“É um alerta para os pais sobre o cuidado com seus filhos quando crianças ou adolescentes. Temos como meta atingir mais alunos por meio do Maio Laranja”, explicou a orientadora educacional da Escola, Maria do Socorro de Souza.
Para casos em que possam existir situações de vulnerabilidade, identificados pela orientação educacional, a unidade iniciou um trabalho minucioso de busca e acolhimento em parceria com psicólogos e psicopedagogos da Dipse (Divisão de Desenvolvimento Psicossocial) da Seed (Secretaria de Educação e Desporto).
“A Dipse trabalha sobre o olhar acolhedor e no encaminhamento aos profissionais de apoio emocional e denúncia. As escolas, com seus orientadores educacionais, realizam o atendimento primário e nós não aprofundamos esse sofrimento, porém, quando a criança continua sem um bom desempenho escolar, está apática e sem interação social, nós agimos com rapidez”, ressaltou a psicopedagoga da Divisão, Crisélia Costa.
Layse Menezes