A Sesau (Secretaria de Saúde) participou das discussões da audiência pública alusiva ao mês de enfrentamento ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes promovido na quinta-feira, 18, pela CMBV (Câmara Municipal de Boa Vista).
No encontro foram discutidos vários assuntos, sendo o principal deles relacionado à necessidade de qualificar os profissionais de saúde do Estado e de municípios no acolhimento às vítimas, além de estabelecer as metas para este ano.
“Discutimos as necessidades e a importância de fortalecer a rede de apoio. Contribuíram também na discussão os líderes de classe da Escola Estadual Monteiro Lobato e do Comitê Estadual de Enfrentamento ao Abuso, Exploração Sexual e Tráfico de Crianças e Adolescentes de Roraima”, ressaltou o gerente do Núcleo de Ações Programáticas da Saúde da Criança da Sesau, Marcelo Silva.
Importância do tema
O abuso e a exploração sexual de criança e adolescente são crimes no Brasil, e seu enfrentamento precisa ser uma prioridade para gestores e profissionais que compõem a Rede Estadual de Atenção às Crianças e Adolescentes.
Segundo dados do SINAN (Sistema de Informações de Agravos e Notificações), no período de 2018 a 2022, foram registrados pelos serviços de saúde 984 casos violência sexual em menores de 13 anos de idade. Deste total, 63,3% das vítimas são residentes da capital de Boa Vista.
A lista dos cinco municípios com os maiores percentuais de abuso ou exploração sexual contra crianças e adolescentes é formada por Uiramutã (7,3%), Bonfim (5,99%), Cantá (5,18%) e Rorainópolis (4,77%).
“As ações integradas precisam ser fortalecidas e as políticas de saúde precisam dar respostas efetivas para garantir que as crianças e adolescentes, independente da porta de entrada, recebam um atendimento qualificado com o devido acompanhamento e encaminhamento”, concluiu Silva.
Suyanne Sá