Explicar quais os trabalhos desenvolvidos com a população Yanomami, em Roraima, é uma das premissas do requerimento aprovado nesta terça-feira, 11, pela Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga atividades de Organizações Não Governamentais financiadas com dinheiro público na região Amazônica, a chamada CPI das ONGs.
O documento, apresentado pelo senador Dr. Hiran Gonçalves (Progressistas) e aprovado pelos membros da CPI, pede o chamamento do antropólogo francês e fundador da ONG Comissão Pró-Yanomami, Bruce Albert. Na reunião desta terça-feira esteve presente o ex-ministro da Defesa, Aldo Rebelo.
“Foi ele quem criou uma versão do massacre de Haximu, uma área que não está no Brasil. Eu estive na época e aquele evento não existiu”, explicou o senador Hiran Gonçalves. O massacre, ocorrido em 1993, chamou a atenção dos organismos internacionais após relatos de uma freira missionária afirmar que homens, mulheres e crianças foram brutalmente assassinados por garimpeiros na Terra Indígena Yanomami, no lado venezuelano.
À época perito, Dr. Hiran Gonçalves afirmou que não havia vestígios do crime na região. “Chamei para que ele venha aqui para discutir e falar onde ele viu os cadáveres e criou a versão para o Mundo todo, o Mundo todo conhece o massacre. (…) A força da mídia internacional, associada a essa ONG que prestou um desserviço ao nosso País”, complementou o parlamentar.
O senador por Roraima acredita na força e no trabalho da CPI em mostrar quais as ONGs interessadas em ajudar a desenvolver o Brasil e quais as interessadas em vender o País ao estrangeiro. “Separar ONG importantes para o desenvolvimento social e econômico daquelas que precisam sair daqui”.
Gonçalves agradeceu a presença de Aldo Rebelo neste encontro e pelas informações prestadas por ele aos parlamentares. “Eu queria dizer que nos sentimos honrados com a sua presença, um homem conhecedor da Amazônia”, disse.
A CPI das ONGs foi criada no dia 14 de junho deste ano e está sob a presidência do senador Plínio Valério (PSDB-AM).
