Os deputados Renato Silva (Podemos) e Coronel Chagas (PRTB) foram agraciados com a Medalha Cruviana de Mérito Institucional do Ministério Público de Contas (MPC) durante o II Congresso MPC-RR – Povos Originários e Direitos Humanos – Amazônia: A Última Fronteira entre os Direitos de um País Sustentável e a Defesa Indigenista.
A Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), uma das parceiras do evento que ocorreu no Teatro Municipal de Boa Vista, fez a transmissão pela TV Assembleia, canal 57.3. O material completo está disponível no canal do YouTube do Poder Legislativo (@assembleiarr).
A Medalha Cruviana de Mérito Institucional é um reconhecimento do órgão de fiscalização e controle a todos àqueles que colaboraram com o seu desenvolvimento. A honraria é concedida anualmente por ocasião do aniversário da instituição, que em 2023 completou 15 anos.
O deputado Renato Silva é egresso do MPC e salientou que a instituição está sempre presente, dando apoio às ações da Assembleia Legislativa. O parlamentar lembrou que nas fiscalizações da Comissão de Obras na BR-174, a equipe técnica da Comissão do Laboratório de Engenharia do Ministério Público de Contas juntou-se à comitiva e elaborou um relatório técnico para a ALE-RR. Posteriormente, em uma reunião com o Ministério dos Transportes, foram garantidos recursos para se recuperar todas as estradas de Roraima.
“Esse é um evento que deve servir de exemplo para todas as instituições do Estado de Roraima. Tenho certeza de que cada um que participou deste congresso está saindo mais maduro e consciente que o Brasil é uma só nação”, completou o parlamentar, ao salientar que se orgulha de ter feito parte da instituição e de saber que pode contar com o MPC no trabalho legislativo.
O deputado Coronel Chagas parabenizou o MPC pela iniciativa do evento com uma temática que atravessa fronteiras. “É importante falar sobre direitos humanos e povos originários neste momento tão significativo, que se discute o tema mundialmente, principalmente aqui em Roraima e na Amazônia. E quanto à medalha, fico muito honrado por ter sido lembrado para essa Comenda tão importante. Com certeza, vou levar isso marcado, de forma indelével, no coração”, disse.
Ao fazer um balanço do evento, o procurador-geral do MPC, Paulo Sérgio Oliveira de Sousa, acredita que a proposta do congresso, de dar voz à questão dos povos originários, foi alcançada, não só pelas temáticas abordadas em relação ao tema central, mas também pelas discussões feitas por especialistas na área.
“Tivemos um congresso totalmente transversal. Começamos com a Joênia Wapixana [presidente da Funai], que é alguém da área governamental, depois discutimos Direitos Humanos, políticas públicas, a realidade dos povos indígenas, marco temporal, o combate ao crime organizado na região de garimpo e como a mídia tem trabalhado a questão da crise Yanomami e o garimpo ilegal. Ouvimos o Junior Hekurari [Associação Yanomami – Urihi] e terminamos com uma visão para o futuro, sobre as perspectivas que nós iremos ter para a Amazônia nos próximos 50 anos”, afirmou.
Na pauta para o futuro está a criação de uma universidade indígena para valorizar os saberes tradicionais. “Criar uma universidade Macuxi e outra Yanomami para produzirem conhecimento. Juntar o conhecimento secular com o conhecimento indigenista, criar soluções para preservar a floresta e como esse crédito do carbono pode ser explorado pelas comunidades indígenas. Foram temas que suscitaram o debate”, reforçou.
O procurador-geral de Contas agradeceu a parceria com a emissora legislativa. “Essa parceria existe desde o ano passado. Agradeço muito o presidente da Casa, Soldado Sampaio [Republicanos], por ter nos ajudado dando esse suporte, e à Soninha [Sônia Lúcia Nunes], que é a Superintendente de Comunicação, porque a população que não veio não só pode acompanhar, como ficará gravado nos anais, é algo que ficou registrado”, agradeceu, ao ressaltar que essa parceria vai continuar, porque em breve será oficializada.
Marilena Freitas
