ALE-RR vai transformar Sinjoper em utilidade pública e articulará apoio na Câmara para aprovação da PEC do Diploma

Durante a reunião foi entregue a Carta Jornalista Alexandre Borges ao chefe do Parlamento com as reivindicações da categoria. – Fotos: Jader Souza

O presidente da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), Soldado Sampaio (Republicanos) recebeu na tarde desta quarta-feira, 22, membros do Sindicato dos Jornalistas do Estado de Roraima (Sinjoper), que entregaram a Carta Jornalista Alexandre Borges, elaborada no 2º Congresso dos Jornalistas, em outubro deste ano. O vice-presidente da Casa Legislativa, Marcelo Cabral (Cidadania), também acompanhou a reunião. Na ocasião, a entidade entregou um boton com o slogan “Orgulho de ser Jornalista”.

A carta é uma síntese da pauta discutida durante o congresso e entre as demandas voltadas ao Poder Legislativo estão a transformação da entidade sindical em utilidade pública, a aprovação de uma Moção de Apoio na Casa Legislativa à Proposta de Emenda à Constituição (PEC-206/2012), conhecida como a PEC do Diploma, para ser enviada à Câmara dos Deputados com o intuito de sensibilizar os parlamentares federais sobre a matéria.

Para Sampaio, as reivindicações do Sinjoper são legítimas e ajudam a construir a democracia, uma sociedade que desfrutará da liberdade de expressão com responsabilidade, respeitando a dignidade da pessoa humana.

“Já nos comprometemos em transformar o Sindicato dos Jornalistas, um dos mais antigos do Estado de Roraima, em entidade de utilidade pública. A Moção tem o nosso total apoio e é necessário a exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista, para respaldar a notícia com mais qualidade, com mais informações, com mais responsabilidade. Vamos encaminhar ao presidente da Câmara, Arthur Lira [PP] e à bancada roraimense, para que haja celeridade na votação da PEC do diploma”, afirmou Sampaio.

O chefe do Legislativo destacou que a situação das fake news é também um perigo para a democracia. “Muitas vezes não se consegue responsabilizar a pessoa responsável por aquela desinformação, porque não tem por trás um profissional, mas alguém que não se consegue identificar como autor daquela desinformação. É uma PEC que tem nosso total apoio, pois fortalece a democracia e tranquiliza a sociedade que receberá informação de um profissional qualificado”, destacou.

Paulo Thadeu Franco

O presidente do Sinjoper, Paulo Thadeu Franco, explanou sobre as atividades do sindicato tanto em Roraima, no Cedcar (Conselho Estadual da Criança e do Adolescente), quanto a nível nacional, com participação no Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente), além de falar sobre a atuação da entidade no Fórum Nacional da Democratização (FND) e com assento na Rede Nacional de Proteção de Jornalistas e Comunicadores do Instituto Vladimir Herzog.

Destacou que a principal luta do sindicato é a valorização profissional, que passa pela aprovação da PEC do Diploma em andamento na Câmara Federal. “Essa articulação com o Parlamento roraimense é mais importante ainda, pois ficou acordado uma articulação junto ao Parlamento Amazônico, no sentido de pedir apoio à bancada da região Norte, haja vista que a nossa bancada federal já sinalizou que vai apoiar a PEC”, disse o sindicalista.

Paulo Thadeu ressaltou também o apoio da Casa Legislativa ao Curso de Jornalismo da Universidade Federal de Roraima, a transformação da entidade em utilidade pública. “São assuntos relevantes para nossa categoria, bem como a defesa da democratização da comunicação a respeito das rádios comunitárias para envolver também os movimentos sociais”, completou.

Participaram também da reunião a vice-presidente do Sinjoper, Sonia Lucia Nunes, Adriana Cruz, representante da Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) na região Norte, os jornalistas Oiran Braga, Antonio Bentes e Pablo Sérgio.

CEDCAR

O presidente da Casa Legislativa também recebeu representantes do Cedcar, que entregaram o plano decenal da entidade que defende os direitos da criança e do adolescente. O conselheiro Paulo Thadeu explicou que o documento é fruto de uma discussão que iniciou em 2013 e que agora foi consolidado.

“Esse plano contempla os povos originários e tem seis eixos, sendo um deles voltado à primeira infância, a convivência familiar. Há pontos específicos ao combate ao enfrentamento à violência sexual de crianças e adolescentes. É um plano para os próximos dez anos, a curto, médio e longo prazo, trazendo os eixos temáticos, trazendo um plano de execução envolvendo não só a sociedade civil, mas também todos os entes federados”, explicou.

Marilena Freitas

 

Veja também

Topo