Transformar a rede especializada de saúde do Estado em modelo na reabilitação de pacientes com insuficiência respiratória grave. Essa é a principal finalidade do projeto Rehab-VM Brasil, uma iniciativa que será implantada em breve no Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento.
A primeira reunião que deu o pontapé inicial das ações ocorreu na tarde dessa terça-feira, dia 12, no gabinete da Sesau (Secretaria de Saúde). O encontro contou com as presenças dos titulares da Pasta e representantes do Hospital Israelita Albert Einstein.
Graças à parceria entre o Proadi-SUS (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde) do Ministério da Saúde, Hospital Albert Einstein e do Hospital Moinhos de Vento, o projeto pretende fortalecer a atuação da saúde no país, selecionando 20 unidades em todo o Brasil.
Em Roraima, a iniciativa será implantada ao longo de dois anos no HGR, considerada a principal unidade hospitalar do Estado.
“O Proad-SUS tem exatamente a finalidade de promover o ajuste e a reorganização do serviço [de saúde] e simultaneamente promover o melhor atendimento para o paciente. E o HGR compor esse grupo fechado e restrito, já nos dá muita alegria, porque é mais uma comprovação do avanço da saúde em Roraima”, destacou a secretária da Sesau, Cecília Lorenzon.
A seleção
A seleção das 20 unidades que abrigarão o projeto foi feita de acordo com uma lista nacional de hospitais que mais notificam pessoas com SARG (Síndrome de Angústia Respiratória Grave) e com necessidade de ventilação mecânica no sistema do SUS.
O estudo busca uma nova estratégia de reabilitação escalonada para a população brasileira, usando recursos da telemedicina para oferecer saúde de qualidade para o paciente.
“Para o hospital, é importante participar dessa pesquisa porque são estudos novos, com tecnologias em saúde. Haverá toda uma mudança também no hospital para se adequar ao processo de pesquisa e toda a gestão e serviço assistencial está empenhada para que tenhamos bons resultados e possamos trazer a melhor qualidade de tratamento ao paciente”, reforçou a diretora do HGR, Patrícia Renovado.
Segundo a enfermeira representante do Hospital Albert Einstein, Maura Cristina dos Santos, será testada uma estratégia de reabilitação em três ambientes, sendo eles UTI, enfermaria e no domicílio do paciente que passou pela unidade.
“A hipótese é que essa estratégia tenha impacto na qualidade de vida do paciente em até 90 dias após a alta hospitalização. Vamos acompanhar esse paciente enquanto ele estiver internado na UTI, na enfermaria e no domicílio, e depois entender se essa estratégia teve, de fato, um impacto na qualidade de vida desse paciente. Esse projeto tem previsão de durar em torno de 24 meses”, pontuou.
Suyanne Sá