A doença HLB, conhecida também como huanglongbing, greening ou amarelão-dos-citros, não está presente no Estado de Roraima.
A constatação de que não há presença local da enfermidade, responsável por causar sérios prejuízos na citricultura, foi feita pelo Governo de Roraima por meio da Aderr (Agência de Defesa Agropecuária do Estado) a partir dos resultados de análises laboratoriais em um intenso trabalho em todo o território roraimense.
As ações de coleta e captura do inseto vetor (Diaphorina citri) da doença huanglongbing, que possui a bactéria Candidatus Liberibacter ssp. como agente causal, foram feitas em 2023 com a instalação de 107 armadilhas adesivas, que capturou 145 indivíduos dessa espécie.
Também foram inspecionadas 24.559 plantas de citros em 573 propriedades nos 15 municípios de Roraima.
Conforme laudo do LFDA (Laboratório Federal de Defesa Agropecuária), localizado em Goiânia (GO) e pertencente ao Mapa (Ministério Agricultura, Pecuária e Abastecimento), as amostras dos vetores coletados em Roraima tiveram resultado negativo para a presença da bactéria.
Além do LFDA, amostras também foram enviadas para o laboratório privado do Fundecitrus (Fundo de Defesa da Citricultura) em São Paulo (SP), onde foi comprovado o mesmo resultado negativo das amostras enviadas de Roraima, segundo informou o engenheiro agrônomo fiscal agropecuário da Aderr e coordenador do Programa de Sanidade dos Citros, Washington Manduca.
“Nosso objetivo sempre é proteger o Estado, nossa economia e os produtores que trabalham na produção de citros, visto que o HLB é uma praga quarentenária de valor econômico. O Programa Nacional de Prevenção e controle à Huanglongbing tem sido executado pela Aderr a fim de evitar a dispersão dessa que é a pior praga para os citros no mundo”, ponderou o presidente da Aderr, Marcelo Parisi.
O HLB, huanglongbing, greening ou amarelão-dos-citros é a doença responsável por atacar a produção de todas as variedades de citros e causar prejuízos econômicos. Ela também vive nas murtas ou no jasmim-branco.
A praga não tem controle químico. Quando identificada, é preciso erradicar a planta.
“No momento se estuda o melhoramento genético e métodos inovadores para fazerem frente à praga, evitando que ela se propague pelas lavouras de citros”, destacou Manduca.
Elias Venâncio