A edição do Parlamento Jovem 2024, um programa da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) em parceria com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RR) e a Secretaria Estadual de Educação e Desportos (SEED-RR), já começou. Este ano contará com a participação de 11 escolas da capital e do interior, que envolverá 4.609 estudantes, sendo a maioria, 3.115, da capital, incluindo a zona rural de Boa Vista.
Na tarde desta quarta-feira, 20, os alunos da Escola Estadual Gonçalves Dias, uma das contempladas com o programa, assistiram a uma palestra ministrada pela coordenadora da Escola Judiciária Eleitoral de Roraima, Ana Paula Joaquim, que mostrou qual a função da Justiça Eleitoral e a importância de se exercer a cidadania. Segundo ela, a expectativa para esta edição está dobrada com relação à 2023.
“Tivemos a inclusão de inúmeras escolas, do interior e indígenas, o que aumenta bastante todo o trabalho que a gente precisa fazer. A quantidade de alunos a serem alcançados é bem maior, portanto, um desafio bem grande. Estamos apresentando as nossas ações de cidadania para difundir entre os jovens a importância do exercício da própria cidadania. A gente diferencia para eles a questão do alistamento eleitoral, do exercício do direito do voto, a qualidade de cidadão que eles recebem no momento em que participam da decisão política do país. De certa forma, o Parlamento Jovem está interiorizando isso nos próprios alunos”, disse.
Dyarissa Freitas, coordenadora do Parlamento Jovem, destacou que a novidade este ano é a participação das cinco escolas do interior e uma na zona rural de Boa Vista. “Essa semana a gente está em parceria com o TRE, andando nas escolas, com palestras voltadas à cidadania”.
A estudante Anabella Nascimento, 15 anos, cursa o 1º ano na Escola Gonçalves Dias, e vai disputar uma das vagas do Parlamento Jovem. Como deputada, ela vai apresentar projeto nas áreas de emprego e empreendedorismo.
“Estou esperançosa, e, se eu ganhar, vou ficar muito feliz e fazer jus à vaga. Escolhi emprego e empreendimento para arranjar vagas para jovens aprendizes. É preciso fazer parceria com as faculdades próximas para trazerem palestras, psicólogos, estagiários, odontólogos para auxiliar na vida dos alunos. O transporte público para quem mora muito longe, os pais não têm condição de manter na escola, então seria muito bom se tivesse uma van ou um ônibus específico para buscar os alunos e deixá-los em casa”, disse Anabella.
Mateus Costa de Araújo, 15 anos, também é candidato à vaga no Parlamento Jovem e conta por que decidiu se candidatar. “Para poder mudar a minha escola de algum jeito. Se isso for possível, eu gostaria de mudar a estrutura da escola, melhorando os pisos, as centrais de ar-condicionado que precisam de manutenção e as janelas”.
Marilena Freitas