A Maternidade está implantando a SAE (Sistematização da Assistência de Enfermagem), um mecanismo que tem como finalidade melhorar o cuidado prestado a gestantes e recém-nascidos que recorrem à unidade hospitalar.
O projeto piloto iniciou na Ala das Rosas. A novidade promete reforçar a prestação do serviço de saúde, uma vez que possibilita o acesso a dados organizados e fidedignos sobre a situação clínica de cada paciente.
A experiência da dona de casa Carla Betzabe Medonza foi de acolhimento. Venezuelana, mãe de quatro filhos, procurou a Maternidade para dar à luz ao quinto filho e o segundo nascido no Brasil.
“Sou mãe de quatro filhos e esse é o segundo nascido no Brasil. O atendimento foi muito bom; o acolhimento ao meu bebê foi rápido, com os testes e vacinas; e o tratamento às pacientes é bom, com aplicação de medicação e refeição na hora certa”, destacou.
A implantação
A implantação da SAE se dará em cinco etapas, sendo a primeira delas com a implantação de uma planilha autoexplicativa que é alimentada pelo profissional de enfermagem com apenas um clique.
“É um processo que possui cinco etapas, porém, com inúmeras vantagens, como melhorar o cuidado individualizado ao paciente, qualidade na prestação do serviço de saúde, comunicação da equipe mais eficaz, reforço da segurança do paciente, e registro completo e organizado das informações de prontuário do paciente, além de ajudar no desenvolvimento profissional, pois é necessário conhecimento técnico e habilidades específicas de enfermagem”, destacou a coordenadora da Ala das Rosas, enfermeira Vívia Santana.
Segundo ela, essa planilha é autoexplicativa, de fácil entendimento e preenchimento. “Através de um clique em um ícone, ela direciona para a planilha do leito a ser preenchida com as informações colhidas. Essas informações são coletadas à beira leito, por meio de perguntas e realização de exames físicos que o paciente é submetido”, frisou.
A ferramenta ajuda a identificar, por exemplo, se a paciente está possui acompanhamento completo de pré-natal, serviço este que é de responsabilidade da Atenção Básica das prefeituras municipais.
“A OMS [Organização Mundial de Saúde] preconiza no mínimo seis consultas para considerar que o pré-natal foi realizado. No entanto, nossa realidade é outra, e a maioria das nossas pacientes realizaram em média duas consultas e não apresentam exames básicos durante a internação, dificultando um diagnóstico precoce de algumas patologias neonatais e gestacionais”, completou.
Minervaldo Lopes