O fotojornalista Jader Souza, da Superintendência de Comunicação (SupCom) da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), é o único finalista do Estado no “I Prêmio Nacional de Jornalismo do Poder Judiciário – 35 anos da Constituição Cidadã”. Os indicados foram divulgados nesta quinta-feira, 4, e os vencedores serão anunciados em cerimônia no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, em 24 de abril.
O prêmio é dividido em cinco eixos, relacionados a diferentes tribunais superiores. Concorrendo no eixo 3, do STJ, o trabalho “Beneficiário do ‘Armário Social’ apoiado pela ALE-RR diz que campanha foi luz em sua vida: ‘Não tinha ninguém’”, retrata a vida de egresso do sistema prisional beneficiado pela campanha idealizada pelo Escritório Social, programa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e que em Roraima tem como principal parceiro a Assembleia Legislativa.
“É um tema muito sensível, envolvendo um egresso do sistema prisional, então, é gratificante você retratar alguém que cometeu algum delito, cumpriu sua dívida com a Justiça e, como nunca é tarde para recomeçar, tenta reconstruir sua vida. Para um egresso, é muito difícil arrumar um emprego. Nosso personagem queria demonstrar a gratidão pela oportunidade que teve. A essência dessa foto, acredito que seja o resgate dele como cidadão”, ressaltou o fotojornalista.
Souza se diz surpreso pela classificação, mas não menos envaidecido, por ser algo que valoriza o trabalho realizado e ao mesmo tempo faz com que busque aprimoração profissional.
“É um sentimento de dever cumprido, porque sempre procuro dar o meu melhor em todas as pautas, em todos os trabalhos que realizo. Não posso deixar de agradecer a oportunidade que a Assembleia Legislativa, por meio da SupCom, nos dá de ter essa liberdade de criar. Agradecer a Soninha [Sonia Lucia Nunes], nossa superintendente, que sempre nos incentiva a dar nosso melhor, dentro do que é possível. Sempre digo que Deus coloca anjos em nossa vida, eu dou graças a Ele, mas também sou grato a esses anjos, nesse caso específico, a Léo [Daubermann, diretora de Imprensa e Jornalismo] e Yasmin [Guedes Esbell, coordenadora de imprensa] que estavam atentas, tiveram sensibilidade e incentivaram minha inscrição, porque material nós tínhamos”, disse.
Com 28 anos na profissão de fotojornalismo e trabalhos importantes no currículo, Jader Souza, revela que esse não é o primeiro concurso de que participa. “Já participei do Prêmio Sesi de Jornalismo, ficando em segundo e terceiro lugares e na [Mostra Fotográfica] 9 de Julho fiquei em segundo lugar, mas a primeira colocação até hoje, não veio. Quem sabe seja agora?”, indagou, satisfeito.
Para a superintendente de comunicação da ALE-RR, Sonia Lucia Nunes, a classificação no prêmio nacional de jornalismo do Judiciário é resultado de um trabalho que é feito com dedicação e empatia ao próximo, por toda equipe da Comunicação.
“Nosso coração é só gratidão por ver o trabalho de uma equipe afinada e competente ser reconhecido nacionalmente. Até porque eu sei que, diariamente, a equipe tem um compromisso de garantir que o cidadão esteja sempre bem-informado sobre as ações do parlamento e perceba os resultados das políticas públicas que mudam a vida de muita gente. E eu tenho certeza de que foi com esse sentimento que o fotojornalista Jader registrou a rotina do beneficiário do programa ‘Armário Social’, que busca trazer dignidade para quem quer mudar de vida”, ressaltou.
Sobre o prêmio
Com o objetivo de valorizar reportagens que mostram o papel do Judiciário na promoção da cidadania e na proteção do Estado Democrático de Direito, o prêmio é uma ação conjunta do Supremo Tribunal Federal (STF), do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e do Superior Tribunal Militar (STM) para celebrar o 35º aniversário da Constituição Federal de 1988 (comemorado em 5 de outubro do ano passado) e promover uma reflexão sobre os direitos que ela assegurou.
Cada um dos cinco eixos temáticos premiará trabalhos jornalísticos em cada uma das quatro categorias disponíveis: jornalismo escrito (impresso ou on-line); de áudio; de vídeo; e fotojornalismo. Ao todo, foram 261 trabalhos inscritos e as comissões julgadoras, constituídas pelos tribunais, foram compostas por ministros, juristas especializados e profissionais da imprensa.