No dia 29 de abril, o mundo comemora o Dia Internacional da Dança, arte que transcende barreiras, línguas e culturas, unindo pessoas de todas as idades e origens. Também é uma ferramenta poderosa de inclusão. E um bom exemplo disso pode ser visto por meio do Curso de Balé da Prefeitura de Boa Vista no Teatro Municipal, ofertado gratuitamente à comunidade.
O teatro é mais do que um local de apresentações artísticas. É um espaço de oportunidades, especialmente para aqueles que buscam explorar o mundo da dança. Atualmente, o curso de balé do Teatro Municipal atende a um total de 380 alunos, proporcionando aulas de qualidade.
O que torna este curso ainda mais especial é a sua abertura à diversidade. Aqui, a dança não conhece limites. Crianças autistas, com deficiências físicas e limitações intelectuais também encontram lá um lugar onde podem expressar-se livremente, sem julgamentos.
E no meio dessas histórias encontramos as inseparáveis Maria Teresa, que tem deficiência auditiva, e Lara Lorraine, ambas de 9 anos. Segundo a professora Aila Gama, a amizade das meninas é uma inspiração para todos. “É muito lindo vê-las juntas, sempre se ajudando nas etapas. E a dança é isso. É superar limites e ir além. Nossos alunos são um só corpo, que se desenvolve através dos movimentos”, disse.
Jaqueline Rodrigues, mãe da pequena Maria, nota a evolução na filha, que é surda, mas consegue se desenvolver através da vibração da música, mostrando o quanto a arte pode, sim, levar as pessoas além.
“A dança é importante para crianças, sejam elas ouvintes ou não. É um ponto importante no desenvolvimento e eu sou prova viva com minha filha. E ter isso aqui de forma gratuita é importante demais. Toda essa estrutura que a prefeitura disponibiliza e toda a dedicação dos professores são essenciais”, disse.
Foco e determinação
No Teatro Municipal, cada aluno é incentivado a desenvolver seu potencial ao máximo, independentemente de suas capacidades físicas ou cognitivas. Prova disso é a aluna da categoria Baby Class, Yina Lima, que com seus 5 aninhos, já é uma das estrelas da turma. A pequena nasceu com braços mais curtos e encontrou na dança sua maior alegria. “Eu gosto muito de dançar. Aqui, a ‘tia’ ensina muitas coisas legal. E das minhas amigas eu gosto também. Eu fico muito feliz”.
Segundo a social media Erendyra Lima, mãe da Yina, a dança hoje é como a sua filha se expressa. “Seja feliz ou triste, ela está sempre dançando. A arte ajuda minha filha no seu desenvolvimento físico, pois estimula os músculos e socialmente, pois é na dança que ela pode fazer tudo igual às colegas. E ter isso aqui para a gente de graça é um sonho”.
A estrutura e os recursos oferecidos pelo Teatro Municipal garantem que cada aluno tenha uma experiência completa, equiparada àquelas encontradas em escolas de dança privadas. Desde espaços amplos e bem iluminados até professores qualificados e dedicados, tudo é pensado para proporcionar um ambiente acolhedor e estimulante para o aprendizado da dança.
Phueblo Caliri