A Comunidade Ilha recebeu nesta quinta-feira, 2, a 3ª edição dos Jogos das Escolas Indígenas, evento que já faz parte do Calendário de Ações da Prefeitura de Boa Vista e que, este ano, reúne cerca de 528 alunos das 12 unidades escolares indígenas que integram a rede. As disputas seguem até esta sexta-feira, 3, com seis modalidades esportivas: Bola ao Alvo, Cabo de Guerra, Corrida Livre, Futsal do Lavrado, Baladeira e Arco e Flecha.
Na oportunidade, o prefeito de Boa Vista, Arthur Henrique fez também a entrega de uma quadra poliesportiva coberta, na Escola Municipal Tuxaua Albino Morais, unidade onde os jogos estão acontecendo. O equipamento possui estrutura moderna, com espaço lúdico, assentos e já está sendo utilizado para sediar algumas disputas do evento. Além disso, a unidade recebeu muro com alambrado e foi totalmente revitalizada, com todos as salas climatizadas.
Investimento em escolas indígenas e do campo
Em 2023, a Escola Municipal Indígena Francisca Gomes da Silva, localizada no Truaru, foi a primeira a receber uma quadra, seguindo os mesmos padrões. Além disso, a unidade ganhou muros com alambrado. Ainda em novembro, foi a vez da Escola Leila Maria da Silveira, no Murupu, ser contemplada. Ainda restam outras 13 quadras a serem entregues, distribuídas entre escolas indígenas e do campo.
“Sabemos que a prática esportiva é essencial para o desenvolvimento motor e cognitivo das crianças, além de fortalecer valores e trabalho em equipe. Temos investido de forma significativa nas escolas indígenas e do campo, oferecendo o mesmo padrão de qualidade das unidades da capital. Todo esse compromisso reflete diretamente no rendimento dos alunos e contribui para o bem-estar e qualidade de vida deles”, disse o prefeito.
Incentivo ao esporte e valorização da cultura indígena
Atualmente, cerca de 900 crianças da pré-escola ao 5º ano do fundamental são atendidas nas escolas indígenas de Boa Vista. Nessas unidades, os alunos têm a oportunidade de aprender Macuxi e/ou Wapichana, componente de Língua Materna.
Além disso, alguns outros fatores importantes são levados em consideração: café da manhã, transporte escolar, cardápio adequado às necessidades nutricionais das crianças, tendo como referência a alimentação tradicional das comunidades.
De acordo com a secretária municipal de Educação, Consuêlo Sales, os Jogos das Escolas Indígenas é mais uma forma de valorizar a cultura das comunidades, a exemplo das modalidades esportivas escolhidas, que são parte da rotina dos moradores.
“É um momento de encontro, aprendizagem, valorização e resgate da cultura indígena. A participação nos jogos vem crescendo a cada edição e isso nos deixa muito orgulhosos em contribuir para o desenvolvimento das nossas crianças”, explicou.
Prazer em competir
Pedro Henrique, de 9 anos, é aluno da Escola Municipal Indígena Martins Pereira e competirá nas modalidades de arco e flecha e futsal do lavrado. Para ele, um momento de pura diversão. “Estou muito feliz. Acho legal porque os amigos de todas as escolas se juntam para jogar”, contou.
Ana Sophia, de 6 anos, aluna da Escola Municipal Francisca Gomes da Silva também está animada com a competição. “Eu adoro brincar com os amigos e fazer novas amizades. Os jogos que eu mais gosto é a corrida e o cabo de guerra”, falou.
Premiação
Também como forma de valorizar e incentivar os alunos, os Jogos das Escolas Indígenas incluem premiação como Troféus e medalhas para as escolas e equipes classificadas do 1° ao 3° Lugar e medalhas de participação para todos os atletas que não alcançarem premiação no pódio.
Marcus Miranda