A audiência pública realizada pelo Incra, nesta sexta-feira, 3, na Universidade Federal de Roraima (UFRR) promoveu um diálogo essencial para o futuro da educação no campo. Assentados, estudantes, professores, instituições de ensino e representantes de movimentos sociais se uniram para discutir o retorno do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) no estado.
Uma das principais conclusões foi a necessidade de uma oferta abrangente de cursos, desde a alfabetização de adultos, passando pelos níveis fundamental e médio, cursos técnicos, graduação e programas de pós-graduação, incluindo mestrado.
Maria Gerlanie, da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), compartilhou sua experiência pessoal como aluna do Pronera, enfatizando a importância de considerar a maternidade na estruturação dos cursos, para garantir a inclusão e o apoio às mães.
O superintendente do Incra em Roraima, Evangelista Siqueira, destacou a importância do evento e a ampla participação dos interessados no tema. Conforme ele, todas as sugestões serão cuidadosamente consideradas.
Após ouvir as demandas da população atendida pelo programa, o Incra espera receber propostas formais das instituições de ensino superior para viabilizar a implantação dos cursos.
“Essa audiência pública representa um passo significativo na busca por uma educação inclusiva e de qualidade para os moradores das áreas de reforma agrária de Roraima, demonstrando o compromisso do governo federal com o desenvolvimento econômico e social dos trabalhadores rurais”.
Fabrício de Souza Dias, representante da Diretoria de Desenvolvimento e Consolidação dos Projetos de Assentamento do Incra, explicou as diretrizes do Pronera e esclareceu os próximos passos para sua retomada em Roraima, ressaltando que o programa tem flexibilidade para atender às demandas dos assentados em qualquer área do conhecimento.
Loide Gomes
