O consumo de produtos e serviços para o Dia dos Namorados deve movimentar o comércio. Segundo estimativa da Fecomércio/RR, com base no estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o volume de vendas no varejo roraimense voltado a data mais romântica do ano, deverá movimentar R$ 5,5 milhões em 2024. Em relação ano passado, o valor é praticamente idêntico, registrando um leve aumento de 1,1%.
De acordo com o assessor econômico da Federação do Comércio em Roraima, Fábio Martinez, desde 2021 o valor movimentado nessa data mantém o mesmo valor, na casa de pouco mais de R$ 5 milhões, com crescimento que não chega a 2% ao ano. “Esse resultado que é esperado para 2024 se deve a redução da taxa de juros, o mercado de trabalho mais aquecido e o baixo aumento dos preços dos itens mais consumidos no dia dos namorados. Com tudo, o alto nível de endividamento das famílias e o comprometimento da renda com parcelas de dívidas mais antigas, acabam impedindo um crescimento mais acentuado nas vendas do Dia dos Namorados em 2024”, finaliza o economista.
De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) de abril, também apurada pela CNC, o percentual de famílias endividadas em Roraima no mês de abril ficou em 89,3%, voltando a subir após duas quedas consecutivas. O número de famílias com contas em atraso também aumentou em abril, chegando a 42,9%. Ainda segundo o economista Fábio Martinez, “apesar do aumento do número de famílias endividadas e inadimplentes, pela primeira vez, desde 2013, o total de famílias que afirmaram ter condições de pagar totalmente as suas dívidas atrasadas superou os 50%. Caso se concretize, devemos ter uma redução da inadimplência em maio”.
No Dia dos Namorados roupas e calçados serão os presentes preferidos
O Dia dos Namorados é considerada a sexta data mais importante para o comércio. O carro-chefe das vendas é o segmento de vestuário, calçados e acessórios, que deverá movimentar a 42% do volume total de vendas. Em segundo lugar, com 28% das vendas, estão as lojas de utilidades domésticas e eletroeletrônicos. Por outro lado, as vendas de itens de farmácias, perfumarias e cosméticos tendem a avançar apenas 1,6% e devem responder por pouco mais de 10% de toda a movimentação financeira esperada.
Ainda pressionados por questões de oferta, os bens e serviços associados à data devem ter alta média de 3% nos preços, menos que no ano passado, quando chegaram a ficar 8,4% mais caros. Destacam-se, nesse contexto, as altas mais acentuadas dos preços de livros (12,2%), bebidas alcoólicas (10,8%) e hospedagens (8,2%). Por outro lado, devem estar mais baixos do que no mesmo período do ano passado os preços dos telefones (com queda de 9,6%), flores (redução de 3,6%), pacotes turísticos (diminuição de 3%) e joias e bijuterias (recuo de 2,6%).