Grupo Galpão faz turnê no Norte do Brasil e se apresenta pela primeira vez em Boa Vista

Nos dias 3 e 4 de agosto, a cidade recebe a companhia de teatro; as apresentações são gratuitas no Teatro Jaber Xaud – Sesc Mecejana. – Fotos: Guto Muniz

Uma das companhias de teatro mais importantes do Brasil, o Grupo Galpão chega, pela primeira vez, a quatro estados do norte do Brasil: Acre, Rondônia, Amapá e Roraima com “De Tempo Somos – um sarau do Grupo Galpão”, espetáculo que é apresentado como um sarau de músicas e poesias, com direção das atrizes Lydia Del Picchia e Simone Ordones. O projeto reúne 25 canções do repertório do Grupo, além de apresentar textos sobre a passagem do tempo e o processo de criação artística. Nos dias 3 e 4 agosto, sábado, às 20h, e domingo, às 18h30, Boa Vista, em Roraima, recebe a companhia teatral no Teatro Jaber Xaud – Sesc Mecejana. As apresentações são gratuitas e no dia 3/08 o espetáculo terá interpretação em Libras.

O Grupo Galpão, de Belo Horizonte (MG), é uma das companhias teatrais mais conhecidas do Brasil, tanto por seus 42 anos de atividade contínua quanto por sua pesquisa de linguagem. Criado por cinco atores, em 1982, a partir do espetáculo “A alma boa de Setsuan”, montagem conduzida por diretores do “Teatro Livre de Munique”, da Alemanha, o Galpão se valeu dessa rica experiência para se lançar numa proposta de construção de um teatro de grupo, com raízes ligadas à tradição do teatro popular e de rua. Fazem parte do Galpão Antonio Edson, Arildo de Barros, Beto Franco, Chico Pelúcio, Eduardo Moreira, Fernanda Vianna, Inês Peixoto, Júlio Maciel, Lydia Del Picchia, Paulo André, Simone Ordones e Teuda Bara.

A turnê do Grupo Galpão no Norte do Brasil conta com o patrocínio oficial da Petrobras, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Em 2023, a Petrobras retomou a parceria de mais de 20 anos com o Grupo Galpão, o que foi fundamental para a consolidação e a expansão do trabalho do Grupo e seu amplo acesso, das capitais às pequenas cidades do interior. Esta importante parceria leva o Galpão a completar, em 2024, seu percurso por todos os estados brasileiros.

De Tempo Somos

“De Tempo Somos” é um espetáculo que nos desafia enquanto atores e nos proporciona uma relação muito direta com o público: uma abordagem diferente dos textos e, principalmente, das músicas, que já fazem parte do imaginário das pessoas que acompanham o Galpão nesses 42 anos – não é por acaso que algumas das canções são dedicadas a elas. Como é bom estar em Boa Vista, pela primeira vez, e com este espetáculo, ter a plateia cantando conosco, e perceber que a história do Grupo se renova e se fortalece”, destaca Lydia Del Picchia, uma das diretoras do espetáculo.

Com direção musical e arranjos de Luiz Rocha, os atores cantam e executam, ao vivo, 25 canções de trabalhos mais antigos como “Corra enquanto é tempo” (1988) e “Álbum de Família” (1990); passando também por “Romeu e Julieta” (1992), “Um Moliére Imaginário” (1997) e “Partido” (1999), chegando até a espetáculos mais recentes como “Tio Vânia” e “Eclipse” (ambos de 2011), além de músicas que surgiram em workshops internos e que chegam a público pela primeira vez. “A cantoria é a celebração do encontro, da festa, da disposição para seguir em frente (apesar de tudo que nos faz pender para o chão!), do espírito libertário e contestador inerente a toda reunião festiva”, explica Lydia Del Picchia.

Segundo Simone Ordones, atriz e também diretora do espetáculo, várias músicas que marcaram o repertório de espetáculos do grupo são revisitadas e recontextualizadas: “o foco desse sarau não é ser nostálgico, mas visar o futuro, o que está por vir; celebrar o que foi feito para apontar possíveis caminhos para o futuro”, explica.

“’De Tempo Somos’ é o espetáculo do Grupo Galpão em repertório que mais possibilita o nosso encontro como artistas onde o público está. A montagem é versátil e já coube em vários espaços diferentes: teatros, salas de eventos, saguão de cinema, coreto de praças, ruas, lonas de circo. Nesses encontros, coisas maravilhosas acontecem: olhos brilhando, lágrimas, gargalhadas… O público se vê refletido em nós; e nós, neles. Estamos em festa, viva o teatro! Viva o público brasileiro!”, completa Simone Ordones.

Espetáculo “De Tempo Somos”

Ficha Técnica

“De Tempo Somos – um sarau do Grupo Galpão”

Elenco

Antonio Edson, Beto Franco, Eduardo Moreira, Fernanda Vianna, Lydia Del Picchia, Luiz Rocha (ator convidado), Júlio Maciel, Paulo André, Simone Ordones.

Equipe de Criação

DIREÇÃO: Lydia Del Picchia e Simone Ordones

DIREÇÃO MUSICAL, ARRANJOS e TRILHA SONORA: Luiz Rocha

PESQUISA DE TEXTO: Eduardo Moreira

FIGURINO: Paulo André

PREPARAÇÃO VOCAL: Babaya

PREPARAÇÃO CORPORAL: Fernanda Vianna

ILUMINAÇÃO: Rodrigo Marçal

DESIGN SONORO: Vinícius Alves

AULAS DE PERCUSSÃO: Sérgio Silva

ASSESSORIA NA CENA “A CARTEIRA”: Diego Bagagal

ASSESSORIA DE ILUMINAÇÃO: Chico Pelúcio

REVISÃO DE TEXTOS: Arildo de Barros

VOZ EM OFF: Teuda Bara

PRODUÇÃO EXECUTIVA: Beatriz Radicchi

DIREÇÃO DE PRODUÇÃO: Gilma Oliveira

Arranjos baseados em arranjos originais de Babaya, Ernani Maletta e Fernando Muzzi, do repertório musical do Grupo Galpão.

Fragmentos de textos: Eduardo Galeano, Charles Baudelaire, Olga Knipper, Jack Kerouak, Nelson Rodrigues, Anton Tchékhov, José Saramago, Paulo Leminski e Calderón de La Barca.

Músicas do espetáculo

Lua (A Rua da Amargura – 1994)

Autor: Mabel Velloso e Roberto Mendes

A Viagem (Partido – 1999)

Canção oriental

Sobre arranjo original de Ernani Maletta

Serra da Boa Esperança (Pequenos Milagres – 2007)

Autor: Lamartine Babo

Por Más que Mires el Rio (Um Homem é um Homem – 2005)

Autor: Simone Ordones

Vem te encontrar (Partido – 1999)

Canção oriental

Arranjo original de Ernani Maletta

Canção dos atores (Um Molière Imaginário – 1997)

Autor: Fernando Muzzi e Cacá Brandão

Sobre arranjo original de Fernando Muzzi e Ernani Maletta

Taina (Eclipse – 2011)

Canção tradicional russa

Sobre arranjo original de Ernani Maletta

La Gran Tirana (Um Molière Imaginário – 1997)

Autor: C. Curet Alonso

Alabama Song (Um Homem é um Homem – 2005)

Autor: Kurt Weil

Boneca Cobiçada (Corra enquanto é tempo – 1988)

Autor: Biá e Bolinha

Rock dos médicos (Um Molière Imaginário – 1997)

Autor: Fernando Muzzi

Arranjo original de Fernando Muzzi e Ernani Maletta

O Sole Mio (A comédia da esposa muda – 1986)

Canção tradicional italiana

Não se iluda (O inspetor geral – 2003)

Canção tradicional russa

Sobre arranjo original de Ernani Maletta

Despedida da Ama (Partido – 1999)

Canção oriental

Sobre arranjo original de Ernani Maletta

Tema de Pamela (Partido – 1999)

Canção oriental

Sobre arranjo original de Ernani Maletta

Maninha (Romeu e Julieta – 1992)

Folclore

A última estrofe (Romeu e Julieta – 1992)

Autor: Cândido das Neves

Sobre arranjo original de Fernando Muzzi e Babaya

Lua Branca (Romeu e Julieta -1992)

Autor: Chiquinha Gonzaga

Nas ondas do Danúbio (Romeu e Julieta -1992)

Autor: Ivan Ivanovitch

Cinzas no Coração (Album de Família – 1990 / Romeu e Julieta – 1992)

Autor: André Filho

Sobre arranjo original de Fernando Muzzi e Babaya

Flor, minha flor (Romeu e Julieta – 1992)

Folclore

Sobre arranjo original de Fernando Muzzi e Babaya

É a ti flor do céu (Romeu e Julieta – 1992)

Autor: Teotônio Pereira e Modesto A. Ferreira

Sobre arranjo original de Fernando Muzzi e Babaya

Amo-te muito (Romeu e Julieta – 1992)

Autor: João Chaves

Sobre arranjo original de Fernando Muzzi e Babaya

Panis et Circenses (Workshop com diretor Paulo José – 2002)

Autor: Caetano Veloso e Gilberto Gil

Sobre arranjo original de Ernani Maletta

Yo vengo a ofrecer mi corazón (Tio Vânia – aos que vierem depois de nós – 2011)

Autor: Fito Páez

Grupo Galpão

ATORES

Antonio Edson – Arildo de Barros – Beto Franco – Chico Pelúcio – Eduardo Moreira – Fernanda Vianna – Inês Peixoto – Júlio Maciel – Lydia Del Picchia – Paulo André – Simone Ordones – Teuda Bara

CONSELHO EXECUTIVO

Beto Franco, Eduardo Moreira, Fernando Lara, Gilma Oliveira e Lydia Del Picchia

Equipe Grupo Galpão

Gerente Executivo – Fernando Lara

Coordenadora de Produção – Gilma Oliveira

Coordenadora Administrativa – Wanilda D’Artagnan

Coordenadora de Planejamento – Alba Martinez

Coordenadora de Comunicação – Letícia Leiva

Coordenador Técnico e Técnico de luz – Rodrigo Marçal

Produtora Executiva – Beatriz Radicchi

Técnico de Som – Fábio Santos

Técnico de Palco – Willian Bililiu

Supervisor administrativo – Cláudio Augusto

Assistente de Planejamento – Júlia Castro

Assistente de Comunicação – Fernanda Lara

Assistente Administrativo – Caroline Martins

Assistente de Produção – Zazá Cypriano

Assistente Técnico – William Teles

Serviços Gerais – Danielle Rodrigues

Identidade Visual: Filipe Lampejo, Vinícius de Souza e Rita Davis

Design gráfico: Cintia Marques

Assessoria de Imprensa – Polliane Eliziário – Personal Press

Comunicação digital – Rizoma Comunicação & Arte

Assessor Contábil – Wellington D’Artagnan

Gestor Financeiro de Projetos – Artmanagers

EQUIPE – BOA VISTA:

Produção local: Silmara Costa, Márcio Sergino e Aravis da Cia Arteatro

Assessoria de imprensa: Gersika Nascimento

Sobre o grupo Galpão

O Grupo Galpão, de Belo Horizonte (MG), é uma das companhias teatrais mais conhecidas do Brasil, tanto por seus 42 anos de atividade contínua quanto por sua pesquisa de linguagem.

Criado por cinco atores, em 1982, a partir do espetáculo “A alma boa de Setsuan”, montagem conduzida por diretores do “Teatro Livre de Munique”, da Alemanha, o Galpão se valeu dessa rica experiência para se lançar numa proposta de construção de um teatro de grupo, com raízes ligadas à tradição do teatro popular e de rua.

Fazem parte do Galpão Antonio Edson, Arildo de Barros, Beto Franco, Chico Pelúcio, Eduardo Moreira, Fernanda Vianna, Inês Peixoto, Júlio Maciel, Lydia Del Picchia, Paulo André, Simone Ordones e Teuda Bara.

Ao montar espetáculos com diferentes diretores convidados – como Gabriel Villela, Cacá Carvalho, Paulo José, Yara de Novaes e Marcio Abreu, além dos próprios integrantes, que também dirigem espetáculos do Grupo –, o Galpão desenvolve um teatro que alia rigor e investigação de linguagens, com um repertório com grande poder de comunicação com o público.

Seus trabalhos dialogam com o popular e o erudito, a tradição e a contemporaneidade, o teatro de rua e o palco, o universal e o regional brasileiro.

Galpão em Números

Fundação: novembro de 1982

26 espetáculos

15 projetos audiovisuais

2 000 000 espectadores

100 prêmios brasileiros

3000 apresentações

280 cidades

19 países diferentes

67 festivais internacionais

173 festivais nacionais

Petrobras

Em 2023, a Petrobras retomou a parceria de mais de 20 anos com o Grupo Galpão, patrocínio que foi fundamental para a consolidação e a expansão do trabalho do Grupo e seu amplo acesso, das capitais às pequenas cidades do interior.

O Programa Petrobras Cultural faz acontecer projetos que emocionam, ressaltam nossa brasilidade, nossa diversidade e movem a economia criativa de norte a sul do país.

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