Parceria busca fortalecer enfrentamento ao tráfico de pessoas em Roraima

Objetivo de fortalecer as estratégias para o combate ao tráfico de pessoas no Estado. – Fotos: Ascom/PCRR

Na manhã desta quinta-feira, 25, foi realizada uma reunião de alinhamento na Delegacia-Geral da PCRR (Polícia Civil de Roraima) com o objetivo de fortalecer as estratégias para o combate ao tráfico de pessoas no Estado.

Estiveram presentes a delegada-geral Darlinda de Moura Viana, a diretora do Programa de Direitos Humanos e Cidadania da ALE (Assembleia Legislativa do Estado), Socorro Santos, e o coordenador do Centro de Proteção às Vítimas de Tráfico de Pessoas, Glauber Batista.

Durante o encontro, Socorro Santos destacou a importância da união de políticas no combate ao tráfico de pessoas, enfatizando a necessidade de sensibilização e capacitação dos policiais civis para identificar e apoiar as vítimas.

“Essa direção com a delegada-geral Darlinda vai nos fortalecer para direcionar e dar diretrizes para o enfrentamento ao tráfico humano”, afirmou.

Socorro Santos revelou já ter atendido mais de 35 pessoas, meninos e meninas vítimas desde 1996, ressaltando a dificuldade de categorizar corretamente os casos, que muitas vezes são registrados sob outras finalidades, como exploração sexual, por exemplo.

“É importante essa integralidade e fortalecimento para que possamos ajudar mais a comunidade, principalmente no estado de Roraima”, completou.

A delegada-geral Darlinda de Moura Viana anunciou o início de uma série de reuniões com unidades de fronteira e a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher para melhorar as investigações de tráfico de pessoas.

“Esses alinhamentos servem para estreitar os laços entre as instituições, criando uma rede integrada de apoio e atendimento, fortalecendo o combate ao tráfico de pessoas”, disse.

Darlinda também informou que os registros da Polícia Civil indicam apenas cinco casos de tráfico de pessoas de 2021 a 2024, tanto para trabalho análogo à escravidão quanto para exploração sexual, destacando a complexidade e invisibilidade do crime.

“A partir de agora, a Polícia Civil vai criar um fluxo de atendimento para que possamos fazer os encaminhamentos necessários e trabalhar junto com toda a rede, elucidando se há ou não tráfico de pessoas”, concluiu.

Darlinda ressaltou que essa reunião marca um passo importante na luta contra o tráfico humano em Roraima, reforçando a cooperação entre as instituições e a comunidade para enfrentar esse crime considerado “silencioso e devastador”.

Sandra Lima
Topo