O Governo de Roraima, por meio da Setrabes (Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social), via Coordenação Estadual de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e Coordenação Estadual de Políticas Públicas para as Mulheres, realizou na tarde de quarta-feira, 31, o II Encontro Estadual das Mulheres Pretas Latino-Americanas e Caribenhas – Potencializando Mulheres com o tema: “Quando a mulher negra se movimenta, toda a estrutura da sociedade se movimenta com Ela” – Angela Davis.
O evento, realizado no auditório da Setrabes, encerrou a Semana das Mulheres Pretas Latino-Americanas e Caribenhas, que tem como objetivo mobilizar a sociedade em ações que gerem visibilidade à importância do recorte de gênero e raça na elaboração de Políticas Públicas. Além disso, o evento busca demonstrar a conquista pelo espaço que as mulheres pretas latino-americanas e caribenhas estão alcançando, com mais direitos garantidos, e a construção de diálogos para a elaboração dessas políticas.
Durante a cerimônia, houve apresentações culturais, explanação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), Projeto Potencializando Mulheres, desfile afro, painéis com os temas: “Pretas em Movimento” e “Afroempreendedorismo: Negritude em Evidência”, e uma feira étnico-cultural com vendas e exposição de produtos.
A titular da Setrabes, Tânia Soares, destacou que o encontro faz parte de uma extensa programação desde a criação, no âmbito do governo do Estado, da política de promoção da igualdade racial. “Durante uma semana reunimos mulheres fortes, resilientes e determinadas a promover mudanças significativas na sociedade. Acreditamos no poder transformador da mulher preta e em sua capacidade de liderança e inspiração”, disse Tânia Soares.
De acordo com a coordenadora do Ceppir, Rafaela André, o Encontro Estadual das Mulheres Pretas Latino-Americanas e Caribenhas em 2024 representa uma vitória para Roraima, evidenciada pelo selo concedido pelo Movimento Nacional dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), através do programa social “Potencializando Mulheres”, gerando um impacto positivo para alcançar a Agenda 2030 e buscar uma sociedade equitativa e harmônica.
“O evento em si foi para mostrar que, independentemente da cor e gênero, as mulheres são potentes e podem potencializar outras mulheres, reconhecendo suas contribuições históricas e contemporâneas para a construção de um mundo mais justo e igualitário”, finalizou Rafaela André.
Sobre o evento
As heranças do Brasil Colonial ainda vigoram socialmente. O racismo estrutural e a violência de gênero são visíveis em situações como a ocupação dos espaços, o protagonismo, as diferenças de renda, as taxas de feminicídio, entre outros índices. Isso evidencia a baixa representatividade feminina negra. Portanto, é essencial promover espaços de enfrentamento ao racismo, machismo, preconceito e xenofobia para criar uma sociedade igualitária e inclusiva. Pelo sucesso do I Encontro das Mulheres Pretas Latino-Americanas e Caribenhas em 2023, a meta em 2024 é ampliar o evento, visando mobilizar a sociedade em ações que gerem visibilidade à importância do recorte de gênero e raça na elaboração de Políticas Públicas.
