A primeira edição da Olimpíada Brasileira de Administração contou com 30 mil inscritos em todo o país, entre estudantes dos ensinos médio e superior, além de profissionais. Ao todo, foram distribuídas 170 medalhas de ouro; 162 de prata, 250 de bronze, 1106 menções honrosas, além de 170 medalhas aos professores que tiveram mais alunos medalhistas. Com o tema “A gestão dos ODS nas organizações”, a OBAdm teve como objetivo destacar a sustentabilidade e a importância de formar profissionais mais conscientes. Os resultados podem ser consultados pelo site.
Realizada pelo Conselho Regional de Administração do Rio de Janeiro (CRA-RJ), a olimpíada tem como objetivo promover o ensino de qualidade da Ciência da Administração de modo empolgante, utilizando mecanismos de gamificação para impulsionar novos processos de aprendizagens.
A primeira edição abordou quatro dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU): ODS 8 (trabalho decente e crescimento econômico); ODS 9 (fomento da inovação, infraestrutura resiliente e a industrialização inclusiva e sustentável); ODS 11 (cidades e comunidades sustentáveis); e ODS 12, (consumo e produção responsáveis).
As avaliações foram aplicadas em duas fases. A primeira envolveu uma prova com questões de múltipla escolha. E a segunda, foi totalmente gameficada. O desafio principal usou como inspiração o mercado de crédito de carbono. A proposta era fazer com que os participantes pudessem entender melhor a relação delicada entre as necessidades sociais, questões ambientais e geração de riquezas e empregos para uma cidade fictícia.
Desenvolvimento sustentável
Para o coordenador da OBAdm e presidente do CRA-RJ, Wagner Siqueira, a OBAdm, além de promover o conhecimento, teve como intuito promover a conscientização de estudantes e profissionais de administração e áreas correlatas sobre a importância dos Direitos Humanos, do Trabalho, Meio Ambiente e a fomentação de mecanismos Anticorrupção.
O ensino da Administração no país
Wagner Siqueira lembra que, no ensino superior, o curso de Administração é um dos mais procurados do país, segundo dados do cadastro Nacional de Cursos e Instituições de Educação Superior (e-MEC). Em relação aos cursos presenciais, é o quinto maior com quase 250 mil estudantes. Já no EAD, ocupa o segundo lugar, com 393 mil. Além disso, grande parte está na rede pública de ensino (74,7%).
Para Wagner, o grande número de alunos que ingressam na faculdade de administração traz uma séria reflexão. “Para termos organizações mais transparentes e éticas, é preciso, hoje, conscientizar os jovens, pois eles serão os próximos gestores e líderes”.