1ª Conferência Estadual de Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas da OAB-RR foi um sucesso

Evento reuniu profissionais do direito indígena nacional e local e foi recheado de atrações culturais e exposições de artesanato, quadros, livros e esculturas produzidos por artistas indígenas. – Fotos: Ascom/OAB-RR

Com o auditório Hesmone Saraiva Grangeiro todo ornamentado com decoração de motivos indígenas e praticamente lotado, a 1ª Conferência Estadual de Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas, realizada nesta quinta-feira, 1º, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Roraima (OAB-RR), foi um sucesso.

O evento, organizado pela Comissão de Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas da OAB-RR, em parceria com a Escola Superior da Advocacia de Roraima (ESA-RR), a Comissão de Amparo e Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas da OAB-AM e Escola Superior da Defensoria Pública do Estado de Roraima S(ESDEP-RR), reuniu profissionais do direito indígena nacional e local.

A presidente da Comissão de Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas da OAB-RR, Dra. Lícia Catarina, deu as boas vindas e todos e, o secretário geral da OAB-RR, Dr. Claudio Belmino, representando o presidente Ednaldo Gomes Vidal, procedeu a abertura oficial do evento.

Logo na abertura, integrantes da Kapói Associação Cultural Indígena de Roraima fizeram a Dança do Parixara, tradicional manifestação cultural dos povos originários de Roraima.

As palestras e debates começaram pelo líder Yanomami Davi Kopenawa, xamã e presidente da Hutukara Associação Yanomami (HAY), e Dário Vitório Kopenawa Yanomami, vice-presidente da HAY, que falaram sobre a “Cosmologia do Povo Yanomami e Direitos Sociais”, destacando a importância de estarem participando pela primeira vez de um evento dessa magnitude em Roraima, onde os povos indígenas puderam ser ouvidos.

O segundo painel teve como palestrante Inory Kanamari, primeira advogada indígena do povo kanamari e presidente da Comissão de Amparo e Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas da OAB-AM, que abordou o tema “Dificuldade de acesso à Justiça e povos indígenas”.

A terceira mesa teve como palestrante a Defensora Pública do Estado da Bahia Aléssia Tuxá, primeira indígena defensora pública do país, que falou sobre o tema “

O encerramento das palestras contou com a participação do juiz auxiliar da Presidência do CNJ Jônatas dos Santos Andrade, que discorreu sobre o tema “Resoluções do CNJ e a questão indígena”.

O evento também contou com a participação de renomados profissionais locais como o defensor-público geral, Oleno Matos, as defensoras públicas Jeane Magalhães Xaud, Elceni Diogo da Silva e Lenir Rodrigues, o advogado Gustavo Hugo Sousa de Andrade Holleman e as advogadas Cristiane Rodrigues, Poliana Soares e Isabela Mathias, que compuseram as mesas de debates.

O evento foi recheado de atrações culturais e exposições de artesanato, quadros, livros e esculturas produzidos por artistas indígenas e também foi servida uma Damurida feita pela dona Kalu Brasil, prato típico de origem Wapichana, um dos principais pratos da culinária indígena de Roraima.

 

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