A equipe da PCRR (Polícia Civil de Roraima), lotada na Delegacia Regional de Caracaraí, cumpriu, ontem, dia 08, um mandado de busca e apreensão, na residência da comerciante E. M. R., de 40 anos, no bairro São José Operário. A ação resultou na apreensão de uma pistola .40, um simulacro de pistola e de munições de calibre .40, tanto intactas como já deflagradas, presentes, respectivamente, em dois carregadores e em um kit de limpeza de armas.
De acordo com informações prestadas pelo delegado titular de Caracaraí, Bruno Gabriel, a ação da Polícia foi motivada pelas denúncias da vítima, uma indígena Yanomami, de 29 anos, realizada no último dia 05. A vítima, que não fala português e foi ouvida com auxílio de intérprete, relatou à Polícia Civil que estava hospedada na residência de um amigo, M. C. V. R., na região da Vista Alegre, e, em um momento em que estava sozinha na casa, o local foi invadido por E. M. R., que ateou fogo em alguns pertences pessoais da mulher e de outros hóspedes indígenas, além de danificar objetos domésticos.
E. M. R. estaria, ainda, portando uma arma de fogo, a qual utilizou para ameaçar a vítima e os demais hóspedes que chegaram ao local.
Ao ser ouvida na Polícia Civil, a investigada afirmou que sua ação foi motivada pelos sucessivos furtos que teria sofrido, segundo ela, praticados pelos moradores do local que invadiu.
“O caso motivou a Polícia Civil a solicitar um mandado de busca e apreensão, que foi prontamente concedido pela Justiça e executado nesta quinta-feira”, disse o delegado.
Buscas
Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão, os policiais apreenderam além do simulacro de pistola e das munições de calibre .40, ainda dois galões plásticos utilizados para armazenar gasolina e uma pistola Taurus .40, pertencente ao estado de Roraima.
Segundo o delegado, as diligências apontaram que o companheiro da investigada E. M. R., é servidor público e, tanto a arma como os artefatos a ela relacionados, estavam cautelados a ele. Ao ser questionado sobre o incidente envolvendo sua esposa, afirmou que estava trabalhando naquela data, mas não pôde provar esse fato.
“Em virtude dessa circunstância, o casal será objeto de averiguações posteriores, conduzidas pela Polícia Civil. O material apreendido será submetido à perícia e vai subsidiar as investigações em andamento”, disse o delegado.
Ainda segundo o delegado, a acusada E. M. R. já está sendo investigada pelos crimes de ameaça e dano material.