Renato Silva apresenta campanha de conscientização e enfrentamento ao uso de drogas

‘Pare! Ainda dá tempo, não use drogas!’, foi anunciada durante uso da tribuna na sessão desta terça-feira. – Fotos: Alfredo Maia / Jader Souza | SupCom/ALE-RR

O enfrentamento ao uso e ao tráfico de drogas em Roraima foi o tema que levou o corregedor-geral da ALE-RR, deputado Renato Silva (Podemos), a subir à tribuna do plenário Deputada Noêmia Bastos Amazonas, durante a sessão parlamentar desta terça-feira, 13, para alertar a população sobre dados preocupantes do último ano.

Silva iniciou seu discurso reforçando que a causa é um desafio ao afetar não apenas a segurança pública, mas, também, a educação, a saúde e o futuro dos jovens. Ele apontou que as forças de segurança do Estado apreenderam mais de 35 toneladas de entorpecentes, o que representou um aumento significativo em relação a 2022.

O enfrentamento ao uso e ao tráfico de drogas levou o deputado Renato Silva a subir à tribuna da ALE na sessão desta terça-feira

“Senhoras e senhores, esses são dados oficiais e, eu posso dizer à Vossas Excelências, que o número é muito maior do que o aqui mencionado. Somente agora, em 2024, tivemos duas grandes apreensões de Skunk – a supermaconha – uma, em uma fazenda em Mucajaí, e, outra, em Rorainópolis, totalizando quase mil quilos dessa droga. Esses números não são apenas fios indicadores de estatísticas, eles representam vidas destruídas, famílias dilaceradas e comunidades inteiras vivendo sob o medo e a ameaça constante do tráfico”, destacou.

Ainda em seu pronunciamento, ele enfatizou que cada grama de droga apreendida significa uma batalha ganha na guerra pela preservação das comunidades. “É importante destacar que o crescimento das apreensões reflete tanto o nosso comprometimento quanto na eficácia das operações policiais, e, apesar dos êxitos obtidos, a luta contra as drogas ainda é uma batalha contínua”.

Deputado Éder Lourinho

Para garantir que, futuramente, o número de apreensões seja maior e o de necessidade de consumo menor, o deputado elencou o que deve ser feito e como intensificar ações de enfrentamento ao anunciar a campanha ‘Pare! Ainda dá tempo, não use drogas!’.

“Devemos fortalecer nossas políticas de prevenção, ampliar os programas educacionais e promover o desenvolvimento de alternativas socioeconômicas para os jovens em situação de vulnerabilidade. Nesse sentido, anuncio a criação dessa campanha, da maior construída pela Assembleia de Roraima ou do Brasil, para que possamos conscientizar aos usuários e aqueles que já experimentaram ou que têm curiosidade de experimentar algum tipo de droga”, informou.

Em aparte, o deputado Éder Lourinho (PSD) disse querer se juntar ao colega em prol da causa e o parabenizou pela iniciativa.

Deputado Jorge Everton.

“Recentemente, nós fizemos uma audiência pública aqui nesta Casa. É um tema que deve ser muito discutido. A audiência tratou sobre recuperação, mas nós temos, também, que falar sobre prevenção. Então, essa campanha é muito importante. Hoje, em Roraima, aumentou o número de usuários entre 13 a 15 anos. Muitos começam pela bebida alcoólica e depois vão passando para outros tipos. Nosso estado não está preparado para lidar com o dependente químico e nem a família”, avaliou.

Também em aparte, o deputado Jorge Everton (União), ressaltou ser este um tema complexo e parabenizou o colega parlamentar pela coragem.

“São poucos aqueles que querem colocar o dedo na ferida”, frisou o parlamentar ao afirmar que as drogas são a porta de entrada para a vida criminosa. “Quem é usuário de drogas, com certeza se envolverá em um assalto, furto, vai vender os objetos de sua família, se envolver em um homicídio, vai evoluir para crimes maiores, além do problema social que ela causa”, disse.

Por fim, pelo fato de o estado fazer fronteira com outros países e ser rota de tráfico, Jorge Everton, que já foi delegado-geral da polícia civil, afirmou que é preciso investir recursos em políticas de combate às drogas e nas forças policiais para potencializar a capacidade de apreensão. “A droga é o mal da humanidade. Precisamos, sim, combatê-la”, concluiu.

Suzanne Oliveira

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