Roraima deu início oficialmente à colheita de soja 2024, neste sábado, 24, com uma cerimônia realizada no Polo 1, localizado na vicinal 7 do Projeto de Assentamento Nova Amazônia, na zona rural de Boa Vista. O evento reuniu autoridades, produtores rurais e representantes de diversas instituições.
Além da cerimônia de abertura, o evento contou com estandes das secretarias estaduais que integram o eixo de desenvolvimento sustentável do Plano Roraima 2030. O público também teve acesso a informações e serviços oferecidos por entidades importantes como Sebrae-RR, Sistema OCB-RR, Coopana, Banco da Amazônia, Aprosoja-RR e Faerr/Senar, entre outras marcas, todas voltadas para o fortalecimento do setor agrícola no estado.
Na oportunidade, o governador Antonio Denarium destacou: “Em nossa gestão, estamos alcançando 200 mil hectares de produção de grãos, incluindo soja, milho, arroz e feijão, contribuindo para o desenvolvimento de Roraima. Só de soja, já superamos 400 mil toneladas. Para quem não tem noção da magnitude de 400 mil toneladas, isso representa um enorme impulso à economia, gerando desenvolvimento. Esse é o nosso governo, trabalhando pelo crescimento econômico de Roraima”, comentou Denarium.
Para o presidente da Aprosoja-RR, Murilo Ferrari, a abertura oficial da Colheita de Soja em Roraima reflete a união de grandes, médios e pequenos produtores, garantindo produtividade graças ao empenho em políticas públicas eficazes, ao empreendedorismo de marcas comerciais relevantes e ao apoio de instituições de fomento econômico.
“O agronegócio se estabelece, se consolida e transforma cidades, trazendo desenvolvimento. Hoje, temos orgulho da soja brasileira, a mais sustentável do mundo, produzida com o máximo cuidado para preservar o solo. Isso é cuidar do meio ambiente, é cuidar da nossa casa”, destacou Murilo Ferrari.
O superintendente do Sebrae-RR, Emerson Baú, afirmou o compromisso da instituição com o fortalecimento das atividades agropecuárias. “Criamos uma gerência específica para impulsionar o agronegócio, focando na gestão, inovação e no acesso ao mercado. Esse é um trabalho especialmente direcionado aos pequenos produtores, com o objetivo de gerar emprego e renda”, disse.
Elizoneto Cardoso, presidente da Coopana (Cooperativa Agropecuária Nova Amazônia), também ressaltou o papel crucial da agricultura familiar na região. “Desde 2003, trabalhamos acreditando em um futuro promissor para a produção de alimentos. Hoje, a cultura de grãos deixa entre 30% e 40% do lucro no PA Nova Amazônia, onde diversas associações e cooperativas atuam juntas para fortalecer a segurança alimentar em Roraima”, concluiu.
Grãos em Roraima
A produção de grãos em Roraima tem como cultivos principais o arroz, o milho e a soja. Em 2023 as áreas plantadas com essas culturas somaram o equivalente a 150,7 mil hectares, já em 2024 a área somada foi de 151,4 mil hectares, apresentando leve aumento.
O destaque continua sendo a cultura da soja com 115.134 hectares cultivados, apurados pelo Levantamento Anual. 2024, representando 76% da área destinada à produção de grãos. Destaca-se a introdução de um novo cultivo, com a intenção de plantio de 5.000 hectares de Feijão Mungopreto (Vigna mungo) em cultivo safrinha após a colheita da safra principal.
Segundo relatório de grãos produzido pela Seadi (Secretaria de Agricultura, Desenvolvimento e Inovação), para a safra de 2025, prevê-se um aumento de 24,4% na área de cultivo de soja em Roraima em comparação com a safra atual. Isso representa um acréscimo de 28.146 hectares voltados à produção do grão, totalizando uma área estimada declarada pelos produtores de 143.280 hectares.
A soja tornou-se a principal espécie cultivada em Roraima, entre outros fatores, por sua grande adaptação às condições edafoclimáticas. Assim, mesmo em áreas de primeiro ano de plantio, apresenta alta produtividade, fato esse que não ocorre em outros locais de expansão agrícola, as chamadas fronteiras agrícolas, onde tradicionalmente cultiva-se o arroz em áreas de abertura.
Outros motivos pelos quais os produtores optam por cultivar a soja em áreas de abertura são a sua facilidade de mecanização e a viabilidade de comercialização, sendo uma commoditie agrícola, possui preço definido internacionalmente e alta liquidez.