Nas eleições municipais de 2024 em Amajari, Roraima, Kleudison Mota Wanderley, candidato pela coligação “Um Novo Futuro para o Amajari” (PODE/PDT/MDB), apresentou à Justiça Eleitoral uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral contra Núbia Costa Lima, prefeita reeleita pela coligação “Amajari para Todos” (PP/Republicanos/PSDB-Cidadania), e sua vice, Gleyce Moraes Bezerra Mota. A ação alega abuso de poder econômico e político.
O processo aponta um aumento expressivo no número de eleitores registrados em Amajari, com suspeitas de transferência ilegal de domicílios eleitorais. Segundo a denúncia, o eleitorado cresceu de 6.019 em 2020 para 7.545 em 2024, um aumento de 25% que supera o crescimento populacional do município, evidenciado pelo último Censo. O candidato derrotado sugere que a manobra teve impacto decisivo no resultado, dado que Núbia venceu com uma diferença de 182 votos.
A acusação também inclui alegações de transporte ilegal de eleitores e compra de votos, com recursos financeiros supostamente gerenciados por aliados da prefeita. Kleudison afirma que há provas de transferências bancárias irregulares, listas de eleitores fraudados e vídeos documentando o transporte de eleitores de Boa Vista.
Ademais, a denúncia destaca a influência de figuras políticas de peso na campanha de Núbia, incluindo governadores e senadores, o que, segundo a ação, configuraria uma disparidade de condições entre os candidatos.
Kleudison Wanderley solicita a cassação do diploma de Núbia Lima e sua inelegibilidade, além de pedir que seja diplomado prefeito. A ação também requer a quebra de sigilo bancário de envolvidos e investigações sobre as transferências eleitorais. O caso lança luz sobre práticas eleitorais controversas em municípios do interior de Roraima.