PCRR disponibiliza canal de busca a familiares de pessoas desaparecidas através do IML

Iniciativa foi motivada pela identificação bem-sucedida de uma vítima no IML, de um dos nove corpos localizados no cemitério clandestino em Boa Vista. – Foto: Ascom/PCRR

A PCRR (Polícia Civil de Roraima) faz chamamento a familiares de pessoas desaparecidas a comparecerem ao IML (Instituto de Medicina Legal) para participar de uma ação integrada com o ICPDA (Instituto de Criminalística Perito Dimas Almeida). O objetivo é identificar vítimas cujos dados, como papiloscopia, registros odontológicos e material genético, ainda não constam nas bases de dados da Polícia Civil. A ação visa ampliar as chances de identificação e proporcionar respostas às famílias que buscam seus entes queridos.

Essa iniciativa foi motivada pela identificação bem-sucedida, na última segunda-feira, 27, de uma vítima no IML, que foi identificada por meio das arcadas dentárias. Recentemente, nove corpos foram localizados em uma área de mata na rua Três Marias, na divisa dos bairros Pricumã e Cinturão Verde. Desses, uma vítima foi identificada e os trabalhos periciais apontam que as outras vítimas ainda não possuem registros nas bases de dados da Polícia Civil, nem papiloscópicos, nem odontológicos (como a arcada dentária) e tampouco de DNA.

“Importante ressaltar é que há outros corpos no IML, alguns esqueletizados, que não têm qualquer informação registrada em nossos bancos de dados. Por isso, solicitamos que as famílias tragam informações de seus entes desaparecidos, como registros odontológicos (arcada dentária/tratamentos dentários), prontuários médicos e material genético, para que possamos cruzar esses dados e avançar nas identificações”, explicou Marcela Campelo, diretora do IML.

A ação para acolhimento dos familiares de pessoas desaparecidas ocorrerá no Instituto de Medicina Legal Dr. Benigno José de Oliveira, localizado na Avenida Venezuela, 2083, bairro Liberdade, das 8h às 14h de segunda a sexta-feira . As famílias devem comparecer com documentos que possam ajudar no processo de identificação, como registros odontológicos, genéticos e outros dados pertinentes.

Segundo Marcela Campelo, é fundamental que, para que o material seja analisado, o desaparecimento tenha sido previamente registrado por meio de um BO (Boletim de Ocorrência), que pode ser feito em qualquer delegacia do interior ou da capital. Em Boa Vista, os casos devem ser direcionados ao NIPD (Núcleo de Investigação de Pessoas Desaparecidas).

“Todo o material genético coletado será encaminhado ao Laboratório de Genética Forense do Instituto de Criminalística Perito Dimas Almeida, onde será realizado um processo detalhado de análise e comparação, com o objetivo de identificar as vítimas e oferecer respostas às famílias”, disse Marcela Campelo.

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