Quebrar mitos e tabus sobre o encerramento da fase reprodutiva da mulher foi o foco do podcast “Menopausa não é o fim”, veiculado nesta sexta-feira, 31, pela Superintendência de Comunicação da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR). O programa abordou a relevância das terapias hormonais para essa fase da vida feminina, bem como ressaltou a necessidade da preservação de hábitos saudáveis.
O podcast, que foi exibido ao vivo pela TV Assembleia (canal 57.3) e pelo canal da Casa Legislativa no Youtube (@assembleiarr), contou com médicas, psicóloga e apresentou o caso da servidora pública Jane Gonçalves de Melo, que abordou sobre as dificuldades de identificar a própria menopausa.
“Para mim, foi mais tranquilo porque eu sempre mantive uma rotina de atividade física, então não senti o impacto da menopausa de forma tão intensa. Porém, percebi que comecei a ficar muito irritada e ter muito calor e, por isso, eu sabia que algo não estava certo, que aquilo não era normal. Foi aí que decidi procurar um especialista, que me pediu alguns exames”, revelou Jane.
A médica ginecologista e obstetra Rafaella Caleffi participou do podcast e falou sobre a relevância da reposição hormonal para inibir os efeitos da menopausa na vida funcional da mulher.
“A menopausa ocorre quando a mulher fica um ano sem menstruar, com queda dos hormônios estradiol e progesterona. Porém, os sintomas e a redução hormonal podem começar até oito anos antes, com menstruações irregulares e queda de progesterona, causando oscilações de humor e insônia. Esses sintomas podem afetar o bem-estar da mulher e dificultar a identificação das mudanças funcionais do corpo”, explicou a médica.
No bate-papo descontraído, a médica ginecologista Juliana Portella informou como a medicina integrativa contribui para a vida produtiva da mulher, sobretudo neste período de transição do corpo feminino.
“A medicina integrativa complementa a medicina tradicional, trazendo um olhar mais amplo. Muitas vezes, conseguimos melhorar a qualidade de vida dos pacientes ajustando hábitos, como alimentação, suplementação e manejo do estresse, sem precisar recorrer a medicamentos. Por exemplo, quando equilibramos o sono, o manejo do estresse e o cortisol, a melhora na qualidade de vida é significativa”, enfatizou Juliana.
Com foco nas mudanças emocionais deste período, a psicóloga Tatiane Reis destacou que a menopausa é uma fase que pode ser ultrapassada e que a assistência de profissionais de saúde é essencial.
“Cada mulher é única e nem todas passam pelos mesmos sintomas. Essa fase da vida precisa ser vista de maneira positiva e aceita. Existem terapias que podem ajudar a minimizar irritabilidade e depressão, além de recomendações importantes como uma alimentação equilibrada e a prática regular de atividades físicas, que ajudam muito a aliviar os efeitos dessa transição”, orientou a psicóloga.
A mediadora do podcast foi a jornalista e diretora de Imprensa, Jornalismo, Publicidade e Propaganda da ALE-RR, Leo Daubermann, que comentou como este tema não é abordado pelas mídias tradicionais e que há essa lacuna informativa para a população.
“Esse é um tema que ainda não é amplamente debatido. Ainda vemos poucos programas discutindo isso, timidamente. Estamos falando de uma fase da vida que todas as mulheres vão passar, mas que até pouco tempo atrás era cercada de tabus e medos. Até recentemente, a sociedade impunha a ideia de que as mulheres tinham uma ‘data de validade’, o que não é verdade. Na realidade, é apenas uma fase de transição e pode ser extremamente produtiva”, avaliou.
Podcast da Casa Legislativa
Para quem perdeu o bate-papo sobre reposição hormonal e qualidade de vida feminina, o programa “Menopausa não é o fim” está disponível na playlist “podcasts” no canal da ALE-RR no YouTube. Além disso, é possível ouvir a conversa nos aplicativos de áudio Spotify e Deezer.
Ainda nessas plataformas, a população pode acessar todos os podcast produzidos pela Superintendência de Comunicação. Ao todo, são 17, com temáticas variadas, a exemplo de empreendedorismo, tráfico humano, inclusão de pessoas com deficiência, combate à homofobia e promoção da saúde mental.