Amajari: projeto do IFRR promove integração por meio de práticas esportivas

A proposta da ação é aproximar pessoas de diferentes origens, criando um ambiente acolhedor e fortalecendo a identidade comunitária. – Fotos: Ascom | IFRR

O Campus Amajari do Instituto Federal de Roraima (CAM/IFRR) está desenvolvendo um projeto de práticas esportivas voltado à promoção da socialização entre indígenas, estrangeiros, não indígenas, egressos, estudantes e servidores da unidade de ensino. A iniciativa contempla diversas modalidades esportivas, como voleibol, futsal, atletismo, queimada e tênis de mesa, incentivando tanto a competição saudável quanto a cooperação entre os participantes.

Conforme os organizadores, a proposta é que os jogos e os treinamentos sirvam não apenas como atividades recreativas, mas também como espaços de aprendizado em que valores como respeito mútuo e coletividade sejam constantemente trabalhados. As atividades são realizadas no ginásio do CAM, além de ocorrerem treinos e/ou jogos amistosos nos Campi Boa Vista (CBV) e Boa Vista Zona Oeste (CBVZO), localizados nos Bairros Pricumã e Laura Moreira, na Capital, pelo menos uma vez durante o semestre.

Coordenado pelo professor de Música Lucas Correia Lima, o projeto Práticas Esportivas para Interação Social: Indígenas, Estrangeiros, não Indígenas, Egressos e Servidores do IFRR-CAM tem como objetivo promover a integração entre diferentes grupos por meio do esporte, reforçando valores como respeito, cooperação e diversidade cultural. O docente destaca a diversidade cultural dos participantes como um grande diferencial do projeto. “Com a presença de estudantes indígenas de diferentes etnias, estrangeiros que escolheram o Brasil para estudar e trabalhar, e alunos locais, as atividades promovem trocas culturais ricas, reforçando a importância do respeito às diferenças”, disse.

Lima explica que o esporte é um dos mais eficazes instrumentos de inclusão social. “Proporciona não apenas benefícios físicos, mas também emocionais e psicológicos”, complementa. Ele fala também sobre o impacto da atividade na vida pessoal e coletiva. “Além dos benefícios individuais, como a melhora na qualidade de vida e do bem-estar dos participantes, espera-se que o projeto contribua para a redução de barreiras sociais e culturais dentro do CAM. A participação ativa de servidores e egressos também fortalece o sentimento de pertencimento à instituição, promovendo um ambiente acadêmico mais harmônico”, declarou.

Além do coordenador, o projeto conta com o apoio da professora Edivânia de Oliveira Santana, dos técnicos administrativos em educação Halyson David Bezerra Santos e Arlesson Oliveira Santos, e de servidores de outras unidades. Também contribuem na organização e na execução das atividades os estudantes Igor Silva de Souza, Maryany Moreira Chaves e Mirela Cândido Araújo.

Participante do projeto, a estudante Mirela, 17 anos, do curso Técnico em Agropecuária, compartilha sua experiência com entusiasmo. “Fazer parte do projeto, especialmente no vôlei, tem sido algo que levo no coração. Aqui, cada treino vai muito além do jogo – é sobre conexão, respeito e troca de vivências. A gente se apoia, aprende junto e se fortalece como equipe e como pessoas. No fim das contas, não importa de onde viemos. Na quadra, somos todos parte da mesma família. Sou grata por cada momento e por cada pessoa que faz parte dessa caminhada comigo”, contou.

Maryany, também de 17 anos e aluna do mesmo curso, fala com empolgação da experiência de participar da atividade. “Participar do projeto tem sido uma experiência transformadora em minha vida. Pude vivenciar o verdadeiro poder do esporte como ferramenta de inclusão e diálogo entre culturas. Aqui, temos a oportunidade de interagir com pessoas de diferentes origens, como indígenas, estrangeiros, egressos e servidores, e isso me fez entender como a diversidade enriquece nossas vidas e fortalece a construção de uma sociedade mais justa e unida. Cada encontro, cada atividade é uma chance de aprender com o outro e de superar barreiras, criando laços de respeito e amizade. Acredito que esse projeto não só me ensina a importância da convivência pacífica e do trabalho em equipe, mas também me impulsiona a ser uma cidadã mais consciente e ativa, pronta para transformar realidades com empatia e solidariedade”, disse.

Segundo os gestores da unidade, o CAM, com essa iniciativa, reafirma seu compromisso com a inclusão e a valorização das diferenças, utilizando o esporte como ferramenta para unir pessoas e transformar realidades. A expectativa deles é que o projeto cresça, alcance um número cada vez maior de participantes e sirva de inspiração para outras instituições que buscam promover a integração social por meio da prática esportiva. Eles esperam que toda a comunidade acadêmica participe e acompanhe essa iniciativa, que promete deixar um legado de respeito, amizade e cooperação no campus.

Histórico

O projeto existe desde 2024. No ano passado, mais de 550 pessoas participaram de eventos e torneios amistosos promovidos pelo projeto na sede da Vila Brasil, na Comunidade Indígena Aningal e em Boa Vista.

Em março deste ano, a edição do projeto foi registrada, por meio do edital de fluxo contínuo para registro e monitoramento de projetos de extensão, no Sistema Unificado de Administração Pública (Suap). Segundo os organizadores, já foram registradas mais de 120 inscrições de alunos, egressos, servidores e pessoas da comunidade externa.

Para saber mais sobre o projeto e a agenda de atividades, basta fazer contato com o coordenador da ação pelo e-mail lucas.lima@ifrr.edu.br.

Sofia Lampert

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