‘Somos o futuro e precisamos desse aprendizado’, diz aluno sobre palestra do Chame em escola pública

Equipe multidisciplinar do Centro de Apoio à Mulher orientou mais de 300 estudantes da Antônio Carlos Natalino. – Fotos: Marley Lima | SupCom/ALE-RR

O Centro Humanitário de Apoio à Mulher (Chame), da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), segue com ações educativas nas unidades de ensino públicas do Estado. Desta vez, a equipe multidisciplinar visitou a Escola Estadual Antônio Carlos Natalino, em Boa Vista, na manhã desta quinta-feira, 24.

Cerca de 320 alunos do ensino médio foram orientados sobre os tipos de violência doméstica, meios de prevenção e denúncias, além da rede de apoio que existe em Roraima para as vítimas.

O estudante Júlio César, de 16 anos, destacou que é fundamental ter este tipo de conhecimento para a construção de uma sociedade menos violenta e mais justa para as mulheres.

Júlio César, aluno da escola.

“É muito importante termos esse tipo de orientação desde cedo, porque a nossa matriz masculina já vem com um traço machista, então é fundamental ter conhecimentos para orientar os jovens, que serão a próxima geração de adultos, para educaram bem os seus filhos”, disse.

A gestora da unidade escolar, Rosemairy Araujo, reforçou que é neste momento, em que os alunos estão entrando na vida adulta, que eles precisam ser instruídos tanto para combater a violência quanto para não a praticar.

“Este tipo de ação no ambiente escolar é fundamental porque nós temos muitos alunos sobre os quais não sabemos o perfil da família, o que acontece dentro de casa. E hoje, quase 320 foram orientados e estão conhecendo realmente o que é a violência”, frisou.

Rosemairy Araijo, gestora da escola.

Chame muda vidas!

As ações educativas com palestras de advogados, psicólogos e assistentes sociais é um trabalho contínuo com o objetivo de combater a violência doméstica e familiar no Estado, conforme explicou a psicóloga Marcilene Melo.

“Alguns deles estão em idade dos primeiros relacionamentos, então é muito importante que eles saibam como tratar uma mulher, que entendam que não podem cometer violência contra a mulher e que não podem também aceitar uma situação de violência em casa.”

A equipe visita instituições públicas ao longo do ano para reforçar as diretrizes da Lei Maria da Penha, além de informar sobre as ações e programas do Chame, que é integrado à Secretaria Especial da Mulher (SEM), como o Grupo Terapêutico Flor de Lótus, e cursos de defesa pessoal.

Marcilene Melo, servidora do Chame.

Também mantém o Centro Reflexivo Reconstruir, voltado para a ressocialização de agressores encaminhados pela Justiça ou que buscam atendimento de forma espontânea.

O Chame está localizado na Avenida Santos Dumont, nº 1470, bairro Aparecida, em Boa Vista, e tem um núcleo em Rorainópolis, na Avenida Dra. Yandara, nº 3058, Centro.

Para ser atendido ou participar dos projetos da unidade, basta entrar em contato pelo ZapChame, no número (95) 98402-0502, que funciona 24 horas por dia, inclusive aos sábados, domingos e feriados.

Bruna Cássia

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