
A Agroind foi palco para a apresentação de uma inovação que promete transformar a cadeia produtiva de cogumelos comestíveis na Amazônia. À frente do projeto está Pierre Pinto, criador da startup Cogu Amazon, que desenvolveu uma tecnologia pioneira para o cultivo sustentável de cogumelos adaptados ao clima e às condições da região.
A iniciativa nasceu a partir de um projeto submetido à Suframa e financiado com recursos da Lei de Informática da Zona Franca de Manaus. “Desenvolvemos todo o processo em laboratório, desde a criação da semente até a produção e colheita dos cogumelos”, explica Pierre. O trabalho de pesquisa culminou na criação da Cogu Amazon, que já começa a colher frutos: a startup foi premiada com o segundo lugar no Prêmio Biterr, reconhecimento nacional de inovação.
O grande diferencial da Cogu Amazon está no desenvolvimento de uma variedade de cogumelos frescos e de alta qualidade, totalmente adaptados à realidade amazônica. “Hoje, o consumo é dominado por variedades como shiitake, shimeji e champignon, produzidos em outras regiões ou até importados. Nosso cogumelo, além de nutritivo, é cultivado aqui, gerando renda e riqueza para o sul de Roraima”, destaca Pierre.
Com o sucesso da fase inicial, a Cogu Amazon agora se prepara para uma nova etapa: a expansão da produção e a abertura de mercados, com foco inclusive na exportação. “A ideia é escalar e levar o cogumelo amazônico para o mundo”, projeta o empreendedor.
A inovação apresentada por Pierre Pinto reforça o potencial da bioeconomia e da tecnologia aplicada à agricultura sustentável na Amazônia, valorizando produtos regionais e impulsionando o desenvolvimento local.