
As mulheres atendidas pelo grupo terapêutico “Flor de Lótus – Olhe-se com amor”, da Secretaria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa de Roraima (SEM/ALE-RR), participaram de um dia de beleza e autocuidado nesta quarta-feira, 4. A ação foi realizada no auditório da SEM, localizado na Avenida Santos Dumont, nº 1.470, bairro Aparecida, em Boa Vista.
Durante a atividade, elas receberam serviços de maquiagem, cuidados com o cabelo, manicure e design de sobrancelhas, como forma de celebrar mais um ciclo do grupo, que acolhe mulheres a partir dos 18 anos em situação de vulnerabilidade emocional. O projeto oferece 14 encontros terapêuticos, promovendo escuta acolhedora, autoconhecimento e ressignificação da história de vida.

Cada edição do Flor de Lótus é conduzida por uma equipe multidisciplinar, composta por psicóloga, psicanalista e assistente social, que garante um espaço seguro, sigiloso e acolhedor, onde as participantes podem compartilhar experiências e encontrar apoio no processo de transformação pessoal.
A psicóloga do Chame, Marcilene Melo, ressaltou a importância dos encontros terapêuticos. “Quando chega esse momento de encerramento, conseguimos perceber a reconstrução emocional e psicológica dessas mulheres. Elas resgatam a autoestima e passam a enxergar não só a beleza externa, mas, principalmente, a força e a beleza interior que possuem”, destacou.

Parceiro da ação, o cabeleireiro Thyago Marinho levou sua arte e sensibilidade para além da estética. “Nosso trabalho vai muito além do corte. Estamos aqui para ouvir, acolher e levar um pouco de amor. Realçar a beleza de cada uma é também fortalecer sua autoestima”, afirmou.
Para a autônoma Idê Paz, o grupo tem sido um verdadeiro refúgio. “O Chame é como uma segunda casa para mim. O apoio que recebemos e esse dia foram muito especiais. Estou me sentindo uma flor de lótus”, relatou, emocionada.

Criado para fortalecer a rede de apoio às mulheres, o Flor de Lótus promove troca de experiências, fortalecimento emocional e autoconhecimento, sempre respeitando as diferentes histórias de vida. Ao final de cada ciclo, as participantes são convidadas a escrever uma minibiografia, como forma simbólica de ressignificar suas trajetórias e reconhecer sua própria força.