Justiça Restaurativa é implementada em escola da capital com projeto que incentiva a cultura de paz

Proposta é introduzir práticas restaurativas no ambiente escolar, incentivando o diálogo, a empatia e a resolução pacífica e colaborativa de conflitos. – Fotos: Nucri | TJRR

A fotografia mostra uma sala de aula clara e organizada, com crianças e adultos reunidos em círculo para uma roda de conversa. Cerca de dez crianças com uniforme verde e quatro adultos participam da atividade, em um ambiente de diálogo e atenção mútua. No centro da imagem, uma girafa de pelúcia — vista também em outra foto — está sobre uma carteira.

Por meio da Unidade de Justiça Restaurativa do Poder Judiciário de Roraima, coordenada pelo juiz Marcelo Lima de Oliveira, foi iniciada nesta semana a execução do projeto “Escolas Restaurativas: Educando para a Paz” na Escola Municipal Tereza Maciel, em Boa Vista. A ação marca o início das atividades previstas no acordo de cooperação técnica firmado entre o TJRR e a Secretaria Municipal de Educação (SMEC).

A proposta é introduzir práticas restaurativas no ambiente escolar, incentivando o diálogo, a empatia e a resolução pacífica e colaborativa de conflitos.

Segundo Valeska Cristiane, chefe da Unidade de Justiça Restaurativa do TJRR, a Escola Tereza Maciel é a primeira instituição da capital a ser contemplada com o projeto:

“Esse é um momento significativo. Hoje damos início, de forma efetiva, à implementação da Justiça Restaurativa nas escolas. Por meio dos círculos de construção de paz, atuamos com alunos, professores, familiares e toda a comunidade escolar na transformação dos conflitos do cotidiano”.

Duas meninas, com cerca de 8 a 10 anos, são fotografadas em um momento espontâneo de alegria em sala de aula. Elas usam uniforme verde com detalhes amarelos e estão sentadas lado a lado em uma carteira com tampo azul-escuro. A menina da esquerda sorri para a câmera segurando uma girafa de pelúcia, enquanto a da direita olha para o lado. Sobre a mesa, há materiais escolares como estojo, folhas e canetas.

As atividades envolvem estudantes do 3º ao 6º ano do Ensino Fundamental, com encontros baseados em dinâmicas de escuta ativa, identificação das necessidades dos alunos e construção coletiva de soluções para os desafios da convivência escolar.

“É uma forma de lidar com os conflitos de maneira relacional, ouvindo as crianças e criando um ambiente mais harmonioso. A escola é um espaço privilegiado para desenvolver habilidades de convivência e cooperação”, destacou Valeska.

O projeto “Escolas Restaurativas” integra as diretrizes do Programa Justiça Restaurativa nas Escolas, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e busca contribuir para uma cultura de paz dentro e fora da sala de aula.

A imagem mostra um tapete redondo de crochê marrom e bege no chão, com uma girafa de pelúcia ao centro. Ao redor da girafa, há cartões coloridos com regras de convivência como “Manter a confidencialidade” e “Não fazer julgamentos”.

A expectativa é de que novas escolas sejam atendidas nos próximos meses, ampliando o alcance da iniciativa e fortalecendo os laços entre o Judiciário, a educação e a comunidade.

Mairon Compagino

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