Em pronunciamento no plenário do Senado Federal nesta segunda-feira, 10, o senador Mecias de Jesus (Republicanos–RR) defendeu os produtores rurais brasileiros e cobrou do Governo Federal maior reconhecimento e apoio ao setor agrícola, responsável por sustentar a economia e garantir a segurança alimentar do país.
Durante o discurso, o parlamentar lembrou que, mesmo diante de adversidades climáticas, a agricultura nacional segue batendo recordes de produção. “Em 2025, superamos 350 milhões de toneladas de grãos. Esses números, conquistados com o suor de milhares de famílias que trabalham de sol a sol, são sempre usados pelo governo federal em seu discurso político e eleitoral, mas sem oferecer nenhuma contrapartida ao setor”, afirmou.
Mecias criticou o veto do presidente Lula ao Projeto de Lei 397/2024, de sua autoria, que prorrogava por 48 meses as dívidas de produtores atingidos por secas ou enchentes. O senador explicou que a proposta não previa perdão das dívidas, apenas mais prazo para pagamento. “Mesmo assim, o presidente vetou a lei. Uma decisão muito diferente da isenção de R$ 4 bilhões concedida pelo governo federal a empresários e empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato”, comparou.
O parlamentar também destacou o andamento do PL 1217/2025, de sua autoria, que trata da criação de crédito emergencial para produtores que tiveram o seguro rural negado. A proposta foi tema de audiência pública recente na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, reunindo entidades representativas do setor produtivo.
Durante a fala, Mecias relacionou a defesa do agronegócio ao combate à fome e à agenda ambiental discutida na COP 30, realizada na Amazônia. “Não se pode ignorar que garantir condições favoráveis de alimentação e combate à fome deve ser uma prioridade global. Apoiar a agricultura é garantir que o Brasil continue sendo referência na produção de alimentos”, destacou.
Encerrando seu discurso, o senador lembrou sua trajetória ligada ao campo e reafirmou o compromisso com os produtores rurais de Roraima e de todo o Brasil.
“Minha vida se iniciou no campo. Conheço e sinto de perto a realidade e o sentimento de quem, apesar das adversidades, insiste em semear um país melhor. É com esse compromisso que continuarei lutando pelos produtores rurais, hoje e sempre”, concluiu.
