Artigo: A linguagem corporal e o medo – Uemerson Florencio

A linguagem corporal revela os seus mais profundos mistérios. Claro, vai depender dos olhos de quem lhe observa. Mas independentemente disso, o corpo fala. Ele é a sua primeira apresentação, mesmo porque quando as pessoas lhe observam é para onde elas concentram as suas atenções, em segundo lugar se atentam a sua voz e em terceiro, ao seu conteúdo de fala. Quantas vezes você se viu enxergada e descrita por outra pessoa a partir da sua linguagem corporal? O que ela notou em você? E qual foi a sua reação diante da leitura dela?

O corpo ressoa as nossas emoções com muita facilidade por meio das nossas micro expressões faciais, gestos e códigos corporais voluntários e involuntários – podendo considerar ser conscientes ou inconscientes. Logo, o medo é um sentimento muito forte que podem ter muitas origens, entre elas, pelo resultado de um conjunto de memórias traumáticas ao longo da vida. O medo traz em alguns casos o nosso senso de preservação da vida diante de uma ameaça. Agora imagine, vem numa rua à luz do dia, sendo surpreendida por um grande tigre a sua frente: Você consegue prever a sua reação?

Em muitos casos, diante de muitas ameaças ou situações conflitantes, constrangedoras ou desafiadoras os impulsos nervosos falam por meio de sintomas físicos. Podemos destacar muitos deles: O choro, tremores, suor frio, dor de barriga, sintomas gastrointestinais, perda da voz, variação nos batimentos cardíacos, oscilação da pressão, gritos, paralisia ou imobilidade quando a pessoa trava e não consegue sair do lugar, visão nebulosa, enjoo ou ânsia, dor de cabeça, incontinência urinária, entre outros.

Em qual deles você se enxergou? Ainda reage com alguns deles? Como lidar com estes cenários nos quais a linguagem corporal informa o seu estado emocional? E quando se trata daquelas memórias traumáticas com relação aos estudos, onde a sua mãe lhe pressionava e ameaça para estudar? Você consegue lembrar do livro na mão e o cinto sobre a mesa e seus pais com aqueles textos nada incentivadores para você estudar. Em seguida, você fazendo jura de que nunca mais pegaria um livro para estudar quando terminasse os estudos ou quando saísse da casa de seus pais.

O que você acha que se elabora em sua mente ao longo tempo? Obediência cerebral. Os traumas travam muitos esforços para o progresso humano e quando o medo é transportado por eles por meio da sua memória, possivelmente, quando desejar estudar na fase adulta, poderá ter muitas dificuldades. E o que pode comunicar tudo isso? O seu próprio corpo, por meio da linguagem silenciosa e inconsciente dele mesmo. Se você não se esforçar para se perdoar, curar esta criança interior, muitos desafios da vida ficarão com a sensação de impossível de ultrapassar.

Faça um minuto de silêncio e se esforce para identificar a origem dos seus próprios medos, se perdoe, você não tem culpa de carregar até hoje, pode ser que você nem fizesse ideia de onde tudo começou. Se foi na infância, está na hora de promover esta cura desta criança que ficou ferida até os dias de hoje. Mais uma vez, enxergue onde foi a dor do passado, acolha esta criança machucada, se perdoe e siga com a serenidade de uma pessoa curada. Lembre-se, em “Mateus 5:34 – Cristo disse: Filha a tua fé te curou. Vai-te em paz e fica livre do teu mal.”

O medo não é combustível para nenhuma construção positiva em nossas vidas, além do mais, se este medo for, o medo de ter coragem de vencer a si mesmo.

(*) Uemerson Florêncio – (Brasileiro) Empreendedor. Treinador, palestrante e correspondente internacional de opinião para 13 países em 4 continentes, onde expõe sobre a análise da linguagem corporal, gestão da imagem, reputação e crises.

 

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