Artigo: Sintomas físicos em vítimas de assédio no trabalho – Uemerson Florêncio

Somos seres conscientes e por este motivo, os registros positivos e negativos permanecem guardados em nosso cérebro. E quando se trata de uma conduta tão nociva e leviana, a vítima vive o mais profundo constrangimento e as vezes, é tomada por um súbito sentimento de culpa. Quantas mulheres já foram surpreendidas por situações semelhantes no ambiente de trabalho? Quantas vezes teve que ficar calada por ter sido vítima de seus superiores?

São verdadeiros predadores psicofísicos, afetam a mente e o corpo físico das suas vítimas. Esses algozes contumazes espreitam suas vítimas no sentido de tirar o melhor proveito possível na primeira oportunidade. Quantas vezes você foi surpreendida por uma mão pela sua cintura com notado tom de intimidade? Cuidado, se você descuidar, essa mão irá avançar para outros extremos e quando você tentar barrar, pode ser tarde demais.

Nesses momentos as estruturas nervosas da vítima são surpreendidas por uma elevada carga de estresse que podem gerar sérias alterações em seus padrões comportamentais e clínico. O estresse é tão forte e intenso que pode impulsionar grande descarga eletromagnética na corrente sanguínea tendo como resultado a variação da pressão arterial da vítima. Há pessoas que saem subitamente com elevada taxa de estresse da sala onde trabalha porque o assediador chegou. Você já viveu esta triste realidade? Se viveu buscou alguma rede proteção ou achou que a pessoa assediadora pararia?

Ao ser surpreendida por uma situação infeliz desse tipo, a vítima geralmente tem alterados também os batimentos cardíacos, desdobrando na taquicardia, passar a ter sudorese, tremores e em alguns casos tem falta de ar acompanhada da perda da voz. Esse é o clássico estado de choque ou susto, o momento no qual a pessoa não espera ser surpreendida por uma ação tão negativa no ambiente onde ela busca o seu sustento financeiro por meio do trabalho.

A vítima geralmente tem muita insônia, ou seja, ela perde o sono de forma recorrente, pois estar em conflito consigo mesma. Ela transita pelo dilema entre continuar no trabalho ou pedir demissão. Sendo em alguns casos suja, como se estivesse traindo o seu cônjuge, vive um verdadeiro caos emocional. Dessa forma, não consegue ter um sono tranquilo, acorda muitas vezes na madrugada em função de pesadelos nos quais vê a repetição das cenas. É um verdadeiro terror psicológico, por este motivo chamo as pessoas assediadoras de predadores psicofísicos.

Podemos destacar a respeito de outros sintomas físicos graves e recorrentes que são a visão turva ou nebulosa, acompanhada de náuseas ou enjoos, bem como, lapsos de memória ou esquecimento. Quando os assediadores abordam as suas vítimas já traumatizadas, pode haver até perda dos sentidos, dado o estado de absurdo no qual a pessoa assediadora se aventura. São momentos nos quais a vítima não tem com quem contar.

Todos eles são resultados de uma grande resposta psicossomática que se inicia na mente e se estende aos órgãos físicos. Em cenários de estresse e medo, provocados pela presença da pessoa assediadora, uma grande tensão muscular acompanhada de movimentos peristálticos surge em diversas partes do corpo. São os instantes, por exemplo, onde você observa que parte do seu sistema nervoso provoca movimentos automáticos em diversos tipos de músculos do seu corpo, nas pálpebras, no antebraço, nos pés, nas mãos, no baixo ventre, entre outros. Nestas horas, como estão os seus pensamentos?

(*) Uemerson Florêncio – (Brasileiro).Empreendedor. Palestrante, Pesquisador, Escritor, Correspondente Internacional e Treinador em análise da linguagem corporal, gestão da imagem, reputação e crises. Pesquisa e escreve sobre desenvolvimento de cidades. Criador do método pentágono da comunicação. Gestor de conteúdo do site da empresa Conceito Treinamentos no Brasil.

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