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Na tarde desta segunda-feira, 17, o governador Antonio Denarium entregou à população do Baixo Rio Branco três novas ambulanchas para atender aos moradores da região. A entrega ocorreu durante uma ação conjunta do Governo do Estado, com a distribuição do programa Cesta da Família e a assinatura de ordem de serviço para duas novas escolas em comunidades da região.
Ambulanchas são veículos fluviais que operam no transporte de pacientes entre unidades de saúde e podem salvar vidas nas situações em que a logística e as circunstâncias demandem atendimento para casos mais complexos.
O Governo de Roraima adquiriu três ambulanchas, com um investimento total de R$ 900 mil, por meio de emenda parlamentar do deputado estadual Gabriel Picanço.
Esses ambulatórios móveis foram adquiridos para a região do Baixo Rio Branco devido ao acesso geográfico da localidade. Elas estão vinculadas à Unidade Mista de Saúde Rosa Vieira (Vovó Preta), na vila de Santa Maria do Boiaçu. A unidade atende atualmente cerca de 20 pacientes por dia e registra em média 10 nascimentos de bebês por mês.
Mesmo utilizando Santa Maria do Boiaçu como base de referência, as ambulâncias aquáticas vão atender a uma quantidade maior de pacientes e comunidades de toda a região ribeirinha, como Santa Maria Velha, Sacaí, Terra Preta, Lago Grande, Canauani, Cachoeirinha, Caicubi, Panacarica, Remanso, Floresta, Fazendinha, Bela Vista, Itaquera, Samaúma e Xixuaú.
Acompanhado de secretários de Estado e parlamentares durante agenda institucional em Santa Maria, o governador Antonio Denarium afirmou que, com a nova entrega, a saúde estadual soma mais uma alternativa à remoção aérea, que já é utilizada nos casos mais graves.
“A saúde no Baixo Rio Branco acaba de ganhar um reforço essencial. As três novas ambulanchas garantem mais agilidade e segurança no transporte de pacientes da região e vão melhorar o acesso para os atendimentos de média e alta complexidade. Elas vão atender Santa Maria do Boiaçu e outras comunidades para receber os casos mais especializados”, declarou o governador.
Duas ambulanchas têm capacidade para seis pessoas, possuem motor a gasolina de 15 HP, com potência de até 115 HP. A maior delas tem capacidade para até dez pessoas e conta com o mesmo motor e especificações, além de ar-condicionado.
O plantonista na Unidade Mista Rosa Vieira, o médico Jakson Olívio, reforçou a importância de ter as ambulâncias em operação.
“Vai ser muito importante para a melhoria das condições de saúde e transferência de pacientes, porque aqui estamos isolados, tanto por via fluvial quanto aérea. Com a chegada da ambulancha, isso vai melhorar muito as condições de saúde da comunidade. Eu agradeço ao Governo do Estado por pensar nessa solução adaptada para a realidade local da população e entender essa necessidade da comunidade do Baixo Rio Branco”, afirmou.
Ambulanchas vão desafogar o fluxo de atendimento da unidade de referência da região
A diretora da Unidade Mista Rosa Vieira, Orlene Cadete, relatou que, com a chegada das ambulanchas, o atendimento vai melhorar para os pacientes que utilizam o posto, que é referência na região, já que a atenção será melhor distribuída de acordo com o caso.
“O fluxo é grande. A unidade mista funciona 24 horas com técnico, enfermeiro e médico de plantão, e atendemos 14 comunidades, tanto de Rorainópolis quanto de Caracaraí. Então, tem dias em que atendemos 20 pacientes, fora alguns atendimentos noturnos. As ambulanchas vão ajudar muito. Por exemplo, se tivermos um paciente muito grave, de alta complexidade, elas serão essenciais quando a aeronave não puder vir devido à chuva ou para demandas menos urgentes, como um braço quebrado ou uma mulher esperando para dar à luz e com alguma complicação não grave”, disse.
Duas das ambulanchas ficarão em comunidades mais abaixo do rio Branco para levar pacientes até Boiaçu, e a maior unidade permanecerá baseada no mesmo vilarejo para transportar as pessoas até Caracaraí quando for necessário.
“As duas de baixo vão trazer e deixar pacientes aqui em Santa Maria do Boiaçu, e a que fica aqui, como tem mais capacidade, vai ser usada para remover as pessoas para a sede de Caracaraí, e de lá para Boa Vista. Elas vão ajudar muito. [Se o paciente] passar mal, o médico faz a avaliação, e se decidir que precisa ser removido, ele vai ser”, finalizou.