O Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR) em parceria com a Universidade Federal de Roraima (UFRR), realizou na tarde desta quarta-feira, 29 de janeiro, o colóquio inter-religioso “Caminhos da Tolerância”.
O evento foi coordenado pelo Grupo de Atuação Especial de Vítimas, Minorias e Direitos Humanos (GAEVI-MDH) com objetivo de dialogar com as diferentes religiões sobre a importância da tolerância religiosa.
A atividade aconteceu no auditório da Reitoria da UFRR e contou com a participação do Presidente da Federação de Umbanda, Ameríndios e Culto Afro-Brasileiro, Carlos Alberto de Souza Fournier Filho, Pai de Santo Tatá Bokulé, da Pastora da Igreja Evangélica Betesda de Roraima, Elizângela da Silva Barboza Ramos, do Vice-Presidente da Federação Espírita Roraimense, Emerson Silva de Araújo, do Padre da Paróquia Nossa Senhora da Consolata, Revislande dos Santos Araújo, e do membro da Comunidade Budista, Roosevelth Matos.
O colóquio foi mediado pelo coordenador do GAEVI-MDH, André Paulo dos Santos Pereira, e foi acompanhado pelos Promotores de Justiça, Lucimara Campaner, Valdir Aparecido de Oliveira e Márcio Rosa.
Na oportunidade, cada representante dos segmentos religiosos teve 10 minutos para explicar sobre a sua religião e falar sobre a unidade por meio da fé e o respeito ao próximo. No final, o público presente fez perguntas aos participantes.
A professora universitária de pedagogia, Vanessa Lamazon, que esteve no evento, afirma que o principal caminho para a tolerância é a informação. “É muito importante que a sociedade aborde esse assunto e hoje o Ministério Público se propôs a trazer esse conhecimento, porque é a partir da consciência que nós entendemos e respeitamos o dogma dos outros”, ressaltou a professora.
Para o estudante de Direito, Vitor Pontes, este tipo de debate é necessário inclusive para manter a harmonia social. “Onde há mais de uma pessoa, necessariamente nasce o direito. Então, a gente precisa entrar nesses temas delicados para poder aprimorar os nossos princípios antropológicos e sociais”, relatou o estudante.
O Promotor de Justiça André Paulo dos Santos Pereira afirmou, ao final do evento, que o colóquio cumpriu o objetivo de destacar a importância das diferentes matrizes e crenças como um meio de promover a paz, a compreensão mútua e o respeito à dignidade da pessoa humana.
“Precisamos difundir a necessidade da coexistência pacífica porque a intolerância muitas vezes acontece pela ignorância e para combater isso, temos que propagar o conhecimento e, a partir dele, implantar uma cultura de paz”, finalizou o Promotor de Justiça.