Centro de Equipamentos de Alta Tecnologia do Inmetro para uso Multiusuário contribui para captura de imagem do vírus da Mpox

A imagem, intitulada ‘Mpox vírus’, foi produzida por Debora Ferreira Barreto Vieira, chefe do Laboratório de Morfologia e Morfogênese Viral do IOC/Fiocruz, em parceria com o pesquisador Tecnologista Bráulio Archanjo, do Núcleo de Microscopia do Inmetro. – Fotos: Comunicação/Inmetro

Um registro fotográfico, que revela a adesão do vírus Mpox a uma célula hospedeira, conquistou o segundo lugar no Prêmio de Fotografia – Ciência e Arte – Edição 2023, promovido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O pesquisador Tecnologista Bráulio Archanjo, do Núcleo de Microscopia do Inmetro auxiliou a captura dessa imagem.

A imagem, intitulada ‘Mpox vírus’, foi produzida por Debora Ferreira Barreto Vieira, chefe do Laboratório de Morfologia e Morfogênese Viral do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), em parceria com o pesquisador Tecnologista Bráulio Archanjo, do Núcleo de Microscopia do Inmetro. Registrada através de um microscópio de varredura de feixe triplo de íons, ela destaca a fase da adesão das partículas virais à célula hospedeira, um processo essencial para a infecção.

O prêmio

O concurso, em sua décima terceira edição, recebeu um total de 432 inscrições, divididas em duas categorias: imagens produzidas por câmeras fotográficas e imagens provenientes de instrumentos especiais, como microscópios e telescópios.
Esta conquista não apenas destaca a excelência da pesquisa científica brasileira, mas também promete contribuir significativamente para o avanço do conhecimento sobre o vírus Mpox e seu ciclo replicativo, sendo fundamental para o desenvolvimento de diagnósticos mais precisos e terapias eficazes.

Foto: Debora Ferreira Barreto Vieira

Sobre o vírus da Mpox

A Mpox, causada pelo vírus MPXV, desencadeou um surto global em 2022, afetando 110 países, inclusive o Brasil. Os sintomas incluem erupções cutâneas, febre, dores no corpo e de cabeça, entre outros.
Identificada inicialmente como varíola dos macacos em 1970, a doença foi renomeada em 2022 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para evitar associações incorretas com os macacos, que não fazem parte do ciclo de transmissão do vírus.

Centro de Equipamentos de Alta Tecnologia do Inmetro para uso Multiusuário

Enquanto isso, o Inmetro avança em suas iniciativas para impulsionar a pesquisa científica e tecnológica no Brasil. Recentemente, o Instituto estabeleceu nova portaria para o Centro de Equipamentos de Alta Tecnologia do Inmetro para uso Multiusuário (Ceatim), no âmbito da Diretoria de Metrologia Científica, Industrial e Tecnologia (Dimci).

Regido pela Portaria Nº 283 publicada em 3 de junho de 2024, o Ceatim tem o objetivo de compartilhar equipamentos de alto custo entre instituições de ciência, tecnologia e inovação. “O Inmetro visa fortalecer a capacidade de pesquisa, inovação e prestação de serviços, alinhando-se às demandas do setor produtivo e às necessidades da comunidade científica nacional e internacional”, informou Bráulio Archanjo.

Segundo o Presidente do Inmetro, Márcio André Brito, o Ceatim representa um avanço significativo na gestão compartilhada de equipamentos multiusuários, proporcionando um ambiente moderno para o desenvolvimento de projetos científicos e tecnológicos.

“Por meio do Ceatim, é possível o compartilhamento de equipamentos de alta tecnologia para a ampliação da capacidade científica e tecnológica de instituições de ciência, tecnologia e inovação, públicas e privadas. Priorizando o desenvolvimento de atividades de pesquisa científica e tecnológica, de inovação, de ensino e extensão e de prestação de serviços”, explicou Brito.

A referida portaria também estabelece novo regulamento, que disciplina o funcionamento do Ceatim. E revogou as portarias antigas, Portarias nº 418, de 11 de outubro de 2019, e nº 463, de 23 de outubro de 2019.

Fonte : Fiocruz e Inmetro

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