Comissão Conjunta do Parlamento Jovem discute e emite parecer de projetos de lei

Alunos do ensino médio de escolas públicas de Roraima estão vivenciando rotina parlamentar na ALE-RR. – Foto: Marley Lima/Alfredo Maia

Nesta quinta-feira, 26, a Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) realizou a segunda sessão do Parlamento Jovem, programa da Casa destinado a alunos do ensino médio das escolas públicas do Estado. Os políticos estão vivenciando a rotina parlamentar e hoje debateram sobre os projetos de lei apresentados por eles.

Depois de aberta, a sessão foi suspensa para a reunião da Comissão Conjunta do Parlamento Jovem, que deliberou sobre os 20 projetos protocolados pelos jovens deputados. Vinte e dois dos vinte e quatro eleitos estavam presentes. Todas as propostas receberam parecer favorável e são voltadas para a educação, com foco secundário na geração de empregos, ensino tecnológico e agricultura familiar.

“Os projetos receberam os pareceres e vão ser deliberados na próxima sessão, quando vamos debater sobre cada uma das propostas que foram trazidas pelos deputados. Já tínhamos debatido antes essas ideias e apenas formalizamos com a discussão na Comissão Conjunta”, afirmou o presidente do Parlamento Jovem, Héricson Alessandro.

Clarissa Paes

A primeira sessão do Parlamento Jovem foi realizada em 11 de outubro, quando os estudantes usaram a tribuna para agradecer a iniciativa da Casa e apresentar os primeiros projetos de lei. O programa, que tem apoio do Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) e da Secretaria de Estado da Educação e Desporto (Seed), deve se encerrar em dezembro, fechando um ciclo de seis meses dos alunos dentro do Poder Legislativo.

Clarissa Paes disse que a experiência foi boa, já que não conhecia os ritos do Parlamento para um projeto de lei ser votado. Além disso, a proposta trazida por ela, para ser criado um dia de atividades esportivas com metodologias adaptadas para estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), Síndrome de Down e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), recebeu parecer favorável. Ela explicou que o irmão de dez anos foi a inspiração para o projeto de lei.

“Tenho um irmão que tem o espectro e vejo o quanto é difícil para ele na escola, já que, muitas vezes, não consegue se encaixar nas atividades esportivas. Ele foi o meu exemplo”, reforçou Clarissa, ao acrescentar que espera ansiosa pela votação do projeto na próxima sessão legislativa, que deve ocorrer na terça-feira (31).

A experiência do programa também traz o peso das responsabilidades de ser um parlamentar. Carlos André menciona que deve trabalhar em um projeto de lei voltado para a educação no trânsito. Ele disse ainda que vem sendo acompanhado pelos colegas na Escola Estadual Major Alcides e brinca que as promessas feitas na campanha para ser eleito para o programa começaram a ser cobradas.

“Fiquei conhecido como ‘Carlão do Frangão’, porque falei que trabalharia para servirem frango na merenda escolar. Estavam servindo, mas os estudantes já estão reclamando que estava sendo só esse prato”, sorri. “Meu projeto está sendo elaborado e deve ser voltado para a área da educação, incluindo a no trânsito”, garantiu.

Josué Ferreira

 

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