Comissão de Minas e Energia da ALERR se reúne com garimpeiros

Durante encontro, foi apresentado PL que visa proibir destruição de equipamentos apreendidos em operações. – Fotos: Nonato Sousa

Em reunião na tarde desta sexta-feira, 3, com as lideranças do Movimento Garimpo Legal (MGL), a Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) apresentou o Projeto de Lei (PL) nº 233/2002 que proíbe os órgãos ambientais de fiscalização e a Polícia Militar de destruírem ou inutilizarem os bens particulares apreendidos nas operações ambientais feitas no Estado.

O PL, que já está tramitando na Casa Legislativa, foi apresentado ao MGL pelo presidente da Comissão de Minas e Energia, deputado George Melo (DC).

“Eles só podem danificar o que for encontrado na área federal, e essa lei vem para dar segurança ao nosso povo. Roraima é democrático, livre e para quem quer empreender e produzir. Há relatos de pessoas que tiveram o material queimado dentro da área do Estado, e não pode, é arbitrariedade”, afirmou, ao justificar o projeto.

O parlamentar avaliou o encontro como positivo. “Sabemos que nossos verdadeiros inimigos são as ONGs [Organizações não Governamentais], que têm um braço forte dentro do Congresso Nacional”, ressaltou.

O deputado Gabriel Picanço (Republicanos) disse que é preciso mobilizar mais pessoas para participarem do movimento.

“Senti falta tanto do pessoal da Casa Legislativa quanto dos garimpeiros. Não se consegue vencer batalha sem união. O problema não é só com o garimpo, mas com o Estado de Roraima, que precisa se libertar e ter toda a sua economia funcionando”, analisou.

O coordenador político do MGL, Jailson Mesquita, disse que o movimento está se organizando para responder às próximas operações com uma paralisação para chamar a atenção do país.

“Vamos protocolar, a partir de segunda-feira [6], documentos em todos os órgãos federais, informando que vamos paralisar colocando uma corrente para fechar a BR-174, próximo ao Água Boa, das 6h às 18h. Se os índios fazem, por que nós não podemos? Queremos provocar o Brasil para essa discussão”, garantiu.

Marilena Freitas

 

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